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As Comunicações e as artes estão convergindo

Por:   •  18/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.292 Palavras (10 Páginas)  •  291 Visualizações

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Resumo: SANTAELLA, Lúcia. Por que as comunicações e as artes estão convergindo? São Paulo, Paulus, 2005.

RESUMO DA OBRA:

Na introdução, a autora explana as artes na Idade Média, fazendo uma comparação entre o que hoje chamamos de artes visuais, que eram chamadas de artesanato. As artes foram postas num esquema de cinco: pintura, escultura, arquitetura, poesia e música. As três primeiras eram vistas como as principais artes na Europa no período do Renascimento até meados do século XIX. O contexto social destas artes mudaram, muito por conta da revolução industrial e a migração para grandes cidades. O que transformou nossa cultura de belas letras e artes, para ser dominada pelos meios de comunicação. Estão incluídas nessa lista o cinema, fotografia, televisão, publicidade, revistas, quadrinhos, jornais, livros de bolso, CDs, fitas..

A autora destaca a proposta do livro como polêmica, uma vez que para muitos, a comunicação estaria diretamente ligada a comunicação de massas e as artes estariam restritas ao universo das Belas Artes. A arte ficaria limitada diante do olhar conservador do pensamento artesanal, e a comunicação perderia por estar presa ao estereótipo da comunicação em massa. A autora considera que existe a impossibilidade de separação entre as comunicações e as artes. O trabalho visa explorar os caminhos e rumo da convergência das duas.

Cap.1. Pontos de Partida para a reflexão

Houve um considerável crescimento no campo comunicacional dos anos 80 até os dias de hoje. A autora usa em algumas de suas obras, como categorias de configuração das culturas humanas, seis grandes momentos civilizatórios: comunicação oral, escrita, impressa, comunicação propiciada pelos meios de comunicação em massa, midiática e comunicação digital.

A comunicação oral trata da formação de culturas que encontra na fala o seu processo comunicativo. Na escrita, culturas que tem como registro seu acervo cultural por meio de escrita (hieroglífica, por exemplo). Os meios de comunicação estão ligados ao desenvolvimento de uma sociedade.

Novamente a autora cometa sobre artes antes e depois do Renascimento e a Revolução industrial. Com a Revolução industrial vieram as máquinas de produção de bens simbólicos, máquinas mais propriamente semióticas como a fotografia, prensa mecânica, etc. Em seguida veio o jornal, multiplicação dos livros. A fotografia aliou-se ao jornal em potencial de documentação. O cinema, fotografia em movimento, tirou partido da temporalidade contando histórias, rivalizando-se com a prosa literária. House então a segunda Revolução Industrial, a eletroeletrônica, trazendo o rádio, televisão, instalando a comunicação massiva. Para a autora, a cultura de massas não deve ser vista como uma 3a forma de cultura estranha às anteriores. Resumindo, a comunicação massiva deu início a hibridização das formas de comunicação e de cultura. Um denominador comum dos meios de massa é a mistura de meios ou multimeios, que são por natureza intersemióticos. Esta mistura atinge alvos a que os meios de massa aspiram: facilitação de comunicação. O significado de uma imagem pode ser reforçado pelo diálogo e pela música. Na publicidade, o texto direciona o sentido da imagem com o que se pretende com a peça. A autora cita vários movimentos como impressionismo, abstracionismo, dadaísmo e sua linha de tempo onde os meios de comunicação avançaram sobre as artes. Também houve grande discussão do que era arte e não arte. De 1960 até 1970 houveram outros movimentos artísticos como minimalismo, novo realismo, arte provea, body arte e etc… Foi um período de novas tendências e foi acompanhado pelo acesso dos artistas às novas tecnologias, tornando a relação entre os meios de comunicação e produção de arte intrínsecas. Nos anos 70-80, novos meios surgiram e apareceu o consumo de comunicação, cultura de mídias. Os artistas passaram a ter acesso à tecnologia, que tomou a frente do experimentalismo. O produto desta tecnologia passou a ter espaço nos museus ao invés das artes mais manuais. Novas tecnologias midiáticas surgiram como, por exemplo, desenho industrial, publicidade, cinema, televisão. Por sua vez, a arte, para se divulgar, passou a se utilizar destes meios. As mídias tecnológicas se convergem. Publicidade utiliza da fotográfica, do vídeo, canais de TV e etc. Essas por sua vez, se utilizam de imagens de obras de arte, réplicas e etc. As próprias mídias levaram o conhecimento da arte para o público. A arte foi popularizada através dos meios de comunicação. Até 1970, o papel das artes na sociedade era dado pela televisão. Depois dos anos 80, surgiram os debates culturais e artísticos sobre a pós-modernidade, trazendo multiplicidade de produções artísticas dando origens a novos museus como Galeria de Stuttgart, Guggenhein, Nova Galeria Tate etc. O aumento de museus proporcionam grandes exposições de artistas e escultores consagrados.

Como característica comum o uso de máquinas como câmeras, projetores,

Constata-se que as convergências das comunicações e as artes são multifacetadas que serão abordados nos outros capítulos do livro.

Cap.2. Afinidades & atritos entre fotográfica e arte

Fotografias são consideradas mais objetivas e confiáveis que desenhos e pinturas, mesmo quando a qualidade da foto não é tão boa. Isso porque existe uma relação física e espacial entre a foto e o fotografado, o signo e o seu objeto referencial. O capítulo aborda a replicação massificada por meios de métodos de produção de imagens.

A fotografia foi tida como inimiga das artes. Porém, outros consideravam a máquina apenas uma ferramenta mais complexa, A máquina fotográfica significava a substituição da habilidade humana de pintar. Porém, Walter Benjamin não lamentou o surgimento da tecnologia reprodutiva, pois apenas transformava a natureza da arte. Isso foi discutido durante muito tempo e os temores e predição de que a fotografia significaria a morte da pintura não se concretizou. Pelo contrário, trouxe novos estímulos à pintura. Em 1839, a pintura entrou em diálogo com a fotografia e isso perdura até os dias atuais. Surgiram híbridos entre fotografia e arte em diversos movimentos, como surrealismo, dadaísmo, suprematismo entre outros, explicados pela autora, que faz comparativo destas misturas entre eles. A arte pop foi uma evolução na utilização da fotografia pela arte. Passaram a existir formas tecnológicas de reprodução de foto (serigráfica, fac-símile, transporte fotográfico, projeção de slides e etc.). A arte corporal, ambiental, conceitual, converge na fotografia, pois usa do fator tempo, registro e memória. A fotografia deixa ter apenas função da documentação. Houve avanços nas técnicas de foto, filme e vídeo. Hoje, as obras de arte de qualquer natureza convivem com bilhões de imagens reproduzidas. A fotografia foi responsável pelo surgimento da computação gráfica, scanner, imagens, exibição de imagens online. Conclui-se, no fim do capítulo, que os valores artesanais ainda são cultivados principalmente na pintura que resulta em trabalhos valiosos. Trabalhos que perduram depois da morte dos artistas e são disseminados e perpetuados através de fotos, imagens, páginas na web.

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