Exposição MIS
Por: Felipe Oliveira • 16/11/2015 • Seminário • 557 Palavras (3 Páginas) • 180 Visualizações
Exposição: A propaganda no tempo de Vivian Maier.
Museu da Imagem e do Som de São Paulo, MIS.
A exposição é bem simples nos detalhes, porém, rica no conteúdo.
Além da retratação de Vivian Maier, a contextualização, feita pela FCB Brasil, com a exposição “A propaganda na Época de Vivian Maier”, chama bastante a atenção pela forma que é ligada a historia da babá com a propaganda da época.
Nas décadas de 50 até 90, a propaganda não era segmentada e abrangia todo o público com anúncios variados de diferente produtos.
Nos anos 50, a propaganda baseava-se em vender eletrodomésticos para auxiliar no trabalho do dia a dia, além de seduzir com produtos para cuidados com a beleza. Já em 60 a mulher começa a busca pela independência, porém o alvo das propagandas ainda eram os homens, com diversas formas de simpatizar este público a adquiri os produtos de cuidado com o lar para a sua esposa ou mãe.
Na década seguinte, a mulher ganhou espaço na vida pública. E em alguns anúncios, começou a ser explorado o corpo feminino afim de atrair a atenção de homens e mulheres. Em função da ditadura, as propagandas ainda eram conservadoras, porém algumas quebravam as regras.
Já com saída da ditadura, em 80, a propaganda ganha uma dosagem na procura do sexo feminino. A busca pela independência e a dupla jornada são a tônica desta época. A exploração da sexualidade e o surgimento das grifes ajudam com o desenvolvimento da propaganda.
E com pouco mais de independência, a mulher começa a trabalhar fora de casa, mas sem esquecer das atividades domésticas. E com essa mudança de comportamento, a propaganda passa a explorar o equilíbrio entre as duas tarefas da mulher, e começa a usar mais o lema “Gostar de si mesma”. Com a chegada do novo século, a propaganda começa a tratar o público de forma segmentada, falando exclusivamente para o alvo. Podemos definir este século com apenas 4 palavras, Colaborativo, Compartilhado, On-line e individualizado. A forma de divulgar o produto muda e a forma de compra também. Tudo fica mas fácil e acessível.
Não sabemos se a propaganda influenciou de alguma forma a vida da Vivian Maier, porém podemos encontra uma mulher procurando ficar em paz com sua feminilidade, avançando no equilíbrio entre sua vida profissional e pessoal. O que podemos vê na propaganda nesta época, a busca da independência sem deixar de ser feminina e cuidando dos afazeres do lar.
Um autorretrato, da Vivian Maier em 1953, foi palco para uma selfie. A exposição trouxe uma forma de você entrar na foto, deixando mais atrativo e dinâmico a forma de visitar o museu. Você pode fazer parte da exposição junto com a baba e a Lane, uma das três crianças que cuidava da família Gensburg. A foto vista rápida e com o olhar contemporâneo, é apenas uma retratação da mesma. Porém se for vista com o olhar mais atento e lembrando que foi feita na década de 50, por uma baba que nunca estou fotografia, é possível observar o enquadramento perfeito e a captura da vida na cidade naquele ano.
Por fim, podemos dizer que a exposição junto com a contextualização da propaganda foi bem casada e interessante. Saindo com um olhar, mas atento a detalhes que de primeira vista passa despercebido.
[pic 1]
Uma Selfie com a Vivian Maier em 1953, Nova York.
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