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Nelson Madela

Por:   •  2/10/2015  •  Bibliografia  •  2.773 Palavras (12 Páginas)  •  231 Visualizações

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                         Introdução

Na busca por referencias de homens que buscaram e lutaram por causas ligadas a racionalidade e a defesa do próprio ser humano, encontramos Nelson Mandela. Um homem que durante toda a sua infância foi educado com intuito de no futuro se tornar um grande líder. Mandela, passou parte da sua vida em busca de respostas que poderiam explicar qual seria a real intenção do homem, quando implementaram o apartheid na África do Sul.

O Apartheid foi um dos piores momentos da história do mundo contemporâneo. Uma política de segregação imposta ao povo sul-africano por povos brancos, oriundos da Europa. Trataram os nativos (não-brancos) como verdadeiros animais, regras foram impostas contra o seu desenvolvimento pessoal, terras foram tomada, censuras foram estabelecidas, entre outras atrocidades contra o próprio ser humano.

Mandela lutou incessantemente contra a separação racial e como resultado passou alguns momentos em que um ser humano sem a coragem, frieza e a profunda liderança no intuito de libertar o seu povo, poderia facilmente desistir da vida. Mas o próprio Mandela implica que tudo na vida foi aprendizado, ele pôde aprender até mesmo nos longos períodos de furacão em que enfrentou.

 Com uma calma que exalava confiança até mesmo pela televisão, Mandela era um estrategista, sempre pensava antes de dar os seus passos. Historiadores gostam de defini-lo como: ‘Sua persona é uma mistura de realeza africana e aristocracia britânica. É um gentleman vitoriano em um dashiki de seda.’ [1] 

Em busca do sonho

Mandiba , assim foi apelidado carinhosamente por seu seguidores sul africanos, teve uma infância em prol da construção do seu caráter como pessoa, baseada em conceitos que estavam ligados diretamente aos princípios da sua tribo que tinham como a lei uma ferramenta que conseguia obter uma harmoniosa e equilibrada ordem social, além da ênfase voltada à educação e a cultura patriarcal.

Seu pai, Gadla Henry Mphakanyiswa , faleceu quando ainda era menino, mas é de se notar que Mandela sofreu uma influência enorme em relação ao sentido obstinado a justiça do seu pai e do líder da tribo, a quem Nelson ficou sob tutela. Por vir de uma linhagem tradicional, o pai de Nelson o deu alguns exemplos de quais eram os valores a serem seguidos, mas foi através do líder da tribo que Nelson conseguiu absorver com maior constância quais seriam os valores éticos-morais a serem seguidos além de ter despertado em Mandela o seu amor pelo Direito, pois era atribuído ao líder distribuir a justiça, e Nelson sempre acompanhava o desenrolar dos julgamentos.

Começou seus estudos de Direito na faculdade Fort Hare, fundada em 1916, primeira faculdade a ministrar cursos para negros. Foi lá onde ele conheceu alguns dos integrantes do núcleo de comando do Congresso Nacional Africano. Mas os estudos em Fort Hare durou pouco tempo devido a uma greve contra a baixa qualidade da comida, onde Mandela era o líder do movimento.

Mudou-se para a capital Johanesburgo em busca da realização do seu sonho, mas primeiramente trabalhou como vigia onde não vigorou, com ajuda de amigos ele conseguiu terminar a faculdade que fazia por correspondência, mesmo diante de muitas dificuldades, até mesmo a fome.

Já formado em 1952, associou-se a seu conhecido de Fort Hare, Oliver Tambo, onde formaram o escritório Mandela & Tambo em um dos poucos prédios que os negros poderiam alugar na cidade de Johannesburgo.

                         

                         Apartheid

A segregação na África do sul foi algo decorrente do período colonial, onde negros eram capturados e feitos de escravo para o povo branco, mas foi a partir das eleições gerais de 1948, em que o NNP (Novo Partido Nacional) impôs por lei a divisão sistemática das raças residentes na África do Sul.

Com 70% da população, os negros foram excluídos da sua própria nação. Era expressamente proibido que eles tentassem manter negócios ou praticas profissionais destinada ao povo branco, sobrando apenas uma pequena parcela de empregos miseráveis, que levavam os “não-brancos” ao mais baixo escalão da sociedade. Só poderiam votar em instituições segregadas que não tinham nenhum poder sobre o Estado, logo, em tese, os negros não exerciam o maior dos poderes existentes em uma democracia, o voto, os tornando não cidadãos.

O Estado, em 1950, aprovou novas leis segregacionistas na tentativa de produzir todas as formas de divisão entre as raças, confiscou todas as terras, gerando uma remoção forçada de milhões de negros. Áreas foram delimitadas e se os negros ousassem entrar nas terras destinadas aos brancos eram caçados pelas viaturas policias especificas para enquadrados. As terras destinadas aos negros eram incapacitadas de produzir qualquer produto, além de não ter o mínimo da saneamento e eletricidade. É de se destacar os hospitais segregados que enquanto os dos brancos eram capazes de fazer frente com qualquer outro do ocidente, os destinados aos negros era uma verdadeira miséria, faltava-se todo o tipo de instrumentos necessários para atender um ser humano.

A educação era imposta aos negros a fim de prepara-los para que exercessem trabalhos braçais futuramente. Oque era gasto para a educação de uma criança branca chegava a ser dez vez mais do que era gasto com a criança negra. O transporte público era divido, onde os trens destinados aos negros da época eram superlotados sem conforto. As belas praias foram privadas somente a visitação do povo branco.

Com as imposições do apartheid, que elevaram os negros a uma escala que poderia ser comparada a qualquer animal irracional, levou o CNA a uma luta profunda contra o Estado. Sempre com uma base racional, a CNA tentava não entrar em conflitos armados, mas em Março de 1960, depois do Massacre de Shaperville em que o governo proibiu a própria CNA. A partir deste decreto do Estado, Mandela fundo a MK ( Umkhonto we Sizme), e deu ênfase a luta armada conta o governo de segregação mudando sua doutrina sempre ligada a racionalidade. “Embora tenhamos pegado em armas, não era nossa opção preferida. Foi o governo do apartheid que nos obrigou a pegar em armas. Nossa opção sempre foi a de encontrar uma solução pacifica para o conflito do apartheid”.

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