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O Perigo de uma História Única

Por:   •  9/5/2018  •  Resenha  •  435 Palavras (2 Páginas)  •  373 Visualizações

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No vídeo “O Perigo de uma História Única”, a escritora nigeriana Chimamanda Adichie nos mostra como é prejudicial conhecermos apenas uma única versão de um fato e como isso incita a uma realidade exclusiva e cheia de estereótipos.

Filha de um professor universitário e de uma administradora, desde muito cedo a escritora teve contato com diversos livros ingleses e americanos que contavam histórias de príncipes e princesas brancos, que brincavam na neve, comiam maçãs e se alegravam quando o dia estava ensolarado. As histórias apresentadas nesses livros era completamente diferente da realidade de seu país onde não existia neve, as pessoas comiam mangas e os dias eram ensolarados.

A descoberta de escritores africanos mudou sua visão. Pessoas como ela, com a pele cor de chocolate e cabelos crespos, também podiam existir na literatura.

Pertencente a classe média nigeriana, em sua casa havia empregados domésticos, entre eles estava Fide, um menino cuja  única história  conhecida por ela  era de sua extrema pobreza.  Chimamanda sentia muita pena deles e ficou surpresa quando, aos 8 anos, visitando a família de Fide, viu uma bela peça de artesanato feita por seu irmão. Era difícil associar aquele trabalho maravilhoso  a pessoas que ela apenas conhecia como pobres.

Aos 19 anos, Chimamanda deixou a Nigéria para cursar universidade nos Estados Unidos. Sua colega de quarto ficou atônita ao descobriu que seu inglês (língua oficial da Nigéria) era perfeito, que a “música tribal” que escutava era Mariah Carey e que sabia usar o fogão.

Ainda na universidade, um de seus professores questionou suas produções literárias alegando não serem “autenticamente africanas”.

Tanto sua colega de quarto quanto seu professor conheciam  versões diferentes de uma única história contada sobre o continente africano.

A imagem de uma África generalizada, onde só existe destruição e miséria é fruto de uma única história que nos é transmitida através de livros e na abordagem da mídia sobre o continente.

Ao falarmos de história única não podemos deixar de mencionar a questão do poder e do controle sobre as massas. Nesse ponto, a mídia exerce um papel forte e perigoso generalizando grupos sociais e culturais, construindo realidades, distorcendo identidades, valorizando determinadas características em detrimento de outras e reduzindo toda complexidade de grupos específicos a um único aspecto criando estereótipos, preconceitos, discriminação, perseguições e todo tipo de violência.

Devemos fugir das informações prontas e do senso comum, questionando as histórias que nos são apresentadas e evitando, assim, julgamentos e ideias pré-concebidas.

Como a própria Adichie nos diz, “ Quando nós rejeitamos uma única história, quando percebemos que nunca há apenas uma história sobre nenhum lugar, nós reconquistamos um tipo de paraíso”.

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