POUCO É FALADO EM RÁDIO COMUNITÁRIA, CERTO
Por: aline.al • 8/4/2016 • Artigo • 593 Palavras (3 Páginas) • 198 Visualizações
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Pouco é falado em rádio comunitária, certo? Apenas quem vive em locais que têm esse tipo de meio de comunicação que connhece bem. Então, pra entendermos melhor o que é rádio comunitária, vamos entender como ela surgiu aqui no Brasil.
Com o surgimento das rádios comunitárias no Brasil, também conhecidas como clandestinas, piratas e preconceituosas, tem uma história bem peculiar e curiosa. Vem desde a década de 70, quando, em meio a ditadura militar, dois adolescentes, botaram no ar a "Rádio Paranóica". E um dos slogans do programa desses meninos, era "Só Música, harmonia, higiene, cana, mulheres, dinheiro, erva e estudos."
Na época, a liberdade era escaça, então, para os militares, a frase era uma afronta à moralidade. Sendo assim, a duração da rádio foi de apenas alguns dias. Os criadores da rádio Eduardo Ferreira da Silva e seu irmão Joaquim, de Vitória (ES), foram presos pela Polícia Federal. Os coitados, nem sabiam que poderiam ser presos e que aquilo se tratava de um crime.
Com o tempo, o que foi apenas uma brincadeira de criança, se tornou o instrumento de resistência pela democratização dos meios de comunicação no Brasil.
Hoje em dia, fala-se de mais de 30 mil emissoras de rádio comunitárias no País, então, é uma atividade impossivel de se ignorar. O funcionamento das rádios, vem do apoio de Associações, grupos e até da conferência Nacional de Comunicação.
Em 1998, a Lei 9.612 que homologa a implementação dessas emissoras, apesar de impor uma série de restrições. No Estado de Pernambuco há 480 emissoras filiadas à Federação de Rádios Comunitárias de Pernambuco (Fercom-PE), porém no ano passado foram fechadas sessenta, e este ano já chegam a trinta que tiveram o seu funcionamento interrompido.
A Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), é fundamental para a luta das rádios comunitárias, fazendo importantes reivindicações, como pelo fim da repressão, para que a Polícia Federal não se meta meios de comunicação das comunidades.
Para a sociedade civil, que representa o conjunto de comunidades, são inúmeros os benefícios de se ter veículos de comunicação mais próximo da questão local, principalmente para a melhoria de vida na região, para melhor convivência, para denúncias etc.
As rádios comunitárias são um instrumento de grande importância para tornar a comunicação um processo menos vertical e de maior representatividade democrática.
Entrevista:
Conversei com a moradora Ana Maria Lima Simões, de 26 anos, moradora da comunidade de Ititioca em Niterói, RJ.
Bom dia, Ana. Pra começar com a nossa entrevista, me diz. Onde você mora tem rádio comunitária? Qual o nome da rádio?
- Oi, Aline. Bom dia! Então, tem sim. O nome da rádio é "Voz Ativa". Na comunidade de Ititioca.
Ana, como é a programação da rádio?
- Na programação têm notícias sobre projetos sociais, sobre a prevenção da Dengue e Zica vírus e etc. Tem também sobre a ação dos agentes de saúde nas residências, música dos artistas da comunidade...
As pessoas param pra ouvir a rádio?
- Poucas pessoas param pra ouvir a rádio.
Há proganda comercial na rádio?
- Sim, propaganda dos comércios locais apenas.
Quem é o locutor? Você o conhece?
- Todo mundo o conhece, ele é o "Nelson da rádio", todos o conhecem assim.
As pessoas da sua comunidade fazem doações para a rádio? Como a rádio se mantêm?
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