Primeira árbitra mulher apitará jogo do campeonato de futebol masculino
Por: jpisidro19 • 11/5/2017 • Ensaio • 502 Palavras (3 Páginas) • 412 Visualizações
Universidade Veiga de Almeida
Comunicação Social – Jornalismo
Jornalismo Impresso
Professora: Maristela Fittipaldi
Aluno: João Pedro Isidro Fonseca
Campeonato Brasileiro de Futebol Masculino terá primeira árbitra mulher.
Pela primeira vez uma mulher apitará um clássico da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol Masculino. Maria Eduarda Siqueira, da Federação Pernambucana, foi escalada essa semana, após passar nos testes físicos na Escola de Educação Física da Aeronáutica, no Rio de Janeiro.
Árbitra da Federação de Árbitros de Futebol de Pernambuco há cinco anos, Maria Eduarda, de 32, é policial civil em Recife desde 2011 e mãe solteira de Bruno, 5, com quem mora na cidade.
Com 1,74 de altura e pesando 60 quilos, a árbitra tem personalidade forte e decidida e foi aprovada com uma das melhores notas no teste físico, superando muitos árbitros homens.
Sobre sua ligação com o futebol e a questão da mulher no esporte, ela, que já apitou mais de 200 jogos entre femininos e masculinos, fala o seguinte:
“Sempre adorei futebol, mas como nunca tive habilidade para jogar, resolvi me dedicar à arbitragem. Apito sempre em Recife. Antes dos jogos, digo aos jogadores para que não me vejam na figura de uma mulher, mas na de um árbitro. Só tive problemas com homens em campo em uma partida de dois times da segunda divisão em Recife. Um dos jogadores envolvidos numa bola dividida disse que não ia obedecer a minha arbitragem porque eu era mulher e devia estar em casa cuidando de crianças. Usei minha autoridade em campo, dei um cartão vermelho ao jogador e o expulsei de campo. Desde então, tenho conquistado o respeito dos jogadores pernambucanos, que já conhecem meu estilo justo de arbitrar. Acho importante as mulheres fazerem aquilo de que gostam, mesmo sendo uma profissão supostamente masculina. As mulheres são capazes de fazer tudo o que os homens fazem, muitas vezes até melhor. Não podemos é deixar que o preconceito nos impeça de sermos felizes. A felicidade não escolhe sexo. Ela vem para quem a busca com amor, determinação, responsabilidade e vontade de crescer”.
Na entrevista coletiva do jogador Breno César do Corinthians, foi perguntado sobre o que ele achava da escalação de uma mulher para apitar um jogo do campeonato masculino e foi direto:
“Não importa o sexo do árbitro, o que importa é a competência. Se ela tem boas notas e sabe as regras, já deve ser melhor do que muito homem que tem por aí”.
Após a escalação, Fernando Siqueira, Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, declarou:
“Maria Eduarda tem todo o respeito da comissão e da maioria dos juízes de futebol. Um ou outro pode achar ruim ter uma mulher dentro de campo mandando em tudo, mas é melhor que estes revejam seus conceitos. As mulheres são capazes de fazer tudo o que os homens fazem, muitas vezes até melhor, e merecem respeito pelo como profissionais e como pessoas. Maria Eduarda é um vendaval pernambucano. Quando ela entrar em campo, haverá uma comoção nacional”.
A data do clássico que será apitado por Maria Eduarda ainda não está definida, mas será em breve.
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