República de Angola Instituto Médio Industrial de Luanda
Por: admo • 12/2/2017 • Trabalho acadêmico • 1.937 Palavras (8 Páginas) • 553 Visualizações
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República de Angola
Instituto Médio Industrial de Luanda
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Tema: A vida e obra de Óscar Ribas
Adelmar Guimarães de Oliveira Nº 2
Turma : CC11A
11ª Classe
Curso: Técnico de Obras de Construção Civil
Disciplina: Língua Portuguesa
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A professora
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Instituto Médio Industrial de Luanda
TEMA: A VIDA E OBRA DE ÓSCAR RIBAS
Trabalho investigativo para a disciplina de português com o objectivo de transmitir conhecimentos e informações sobre a vida e obra de Óscar Ribas
Adelmar Guimarães de Oliveira Nº 2
Turma : CC11A
11ª Classe
Curso: Técnico de Obras de Construção Civil
Disciplina: Língua Portuguesa
Luanda aos, 17 de Julho de 2016
Introdução
O presente trabalho foi elaborado com o objectivo de retractar a vida e obra de Óscar Bento Ribas.
Tamanha é a importância de Óscar Ribas na recolha da tradição oral angolana. As literaturas da noite e o narrador oral, exímio na arte de contar estórias à volta das fogueiras. Tendo conseguido documentar, de forma estética, diversas tradições orais de Angola, esse escritor se mantém sempre vivo, como marco fundador do sistema literário angolano.
Óscar Ribas é um etnógrafo-tradutor de tradições da oratura angolana. Sua ação de documentarista das manifestações populares orais de sua terra e sua arte de sunguilar o colocam como mediador entre a rica diversidade cultural de Angola e a possibilidade de esta poder acompanhar modelos de progresso e desenvolvimento advindos de potências estrangeiras.
O escritor começa a escrever em 1927 e continua até 2004, ocasião de sua morte; porém, sua visão sempre foi essa, o que, aliás, estava de acordo com grande parte do pensamento científico de sua época.
Óscar Bento Ribas (Luanda, Angola, 17 de Agosto de 1909 — 19 de Junho de 2004) foi um escritor angolano, foi um homem que soube resgatar, valorizar e promover através das letras muito do imaginário nacional e das tradições orais.
É filho de pai português, Arnaldo Gonçalves Ribas, natural de Guarda (Portugal), e de mãe angolana, Maria da Conceição Bento Faria, natural de Luanda. Considerado como fundador da ficção literária moderna angolana, após António de Assis Júnior, Óscar Ribas iniciou a sua actividade literária nos tempos de estudante do Liceu. Fez os estudos primários e secundários em Luanda, tendo passado pelo Seminário-Liceu de Luanda.
Passou a estudar no Liceu Salvador Correia de Luanda poucos anos após a sua criação, viria em dois anos a concluir aí o 5º ano.
Em 1923, uma vez concluído o 5º ano, parte para terra natal do seu progenitor, Guarda, Portugal, em companhia dos pais, onde estuda aritmética comercial. De regresso a Angola, pelo agravamento de uma doença congénita, retinite pigmentaria ingressa para o funcionalismo público, trabalhando na fazenda. Apenas trabalhou ali por cinco anos, em virtude do pai ter sido transferido para Novo Redondo, actual Sumbe, província do Kwanza Sul. Em 1926, seu pai é novamente transferido para Benguela. Óscar Ribas acompanha a família para as terras das “acácias rubras”, integrando-se e participando no meio social benguelense, vivendo e apreendendo a realidade (cultural) vivida e sentida por suas gentes e culturas. Residiu sucessivamente nas cidades de Ndalantando e Bié.
Foi em Benguela que aos 22 anos de idade se começaram a manifestar os primeiros sinais da doença portanto voltou a Portugal, para consultar um especialista, e em consequência disso, alcançou a cegueira definitiva aos 36 anos de idade. No entanto nunca deixou de “escrever” os seus livros passando o seu irmão a registar para o papel aquilo que ele ditava.
Deu os primeiros passos da sua actividade literária em 1927, com a publicação de “Nuvens que passam” e em 1929, “Resgate de uma falta”. Depois de vinte anos sem publicar, Óscar Ribas, surpreendeu os seus leitores com o livro “Flores e Espinhos”, publicado em 1948, o qual, juntamente com dois novos títulos “Uanga”, em 1950 e “Ecos da Minha Terra”, em 1952. Entretanto, o romance “Uanga” constituiu-se como um relato da sociedade luandense da época (finais do século XIX), onde se apercebem os traços caracterizadores do seu folclore, das suas superstições, da sua oralidade, da sua gastronomia e das suas formas de relacionamento. Denotando uma preocupação extrema com a pesquisa, conservação e registo das tradições do país, o escritor debruça-se a temas de literatura oral, filologia, religião tradicional e filosofia dos povos de língua Kimbundu. Estas temáticas iriam, então, alicerçar e enformar o conjunto da sua obra.
Em toda a produção literária posterior, Óscar Ribas demonstra na verdade uma propensão pouco comum entre os escritores da sua geração e mesmo em gerações posteriores. Revela-se profundamente preocupado com os temas da literatura oral, filologia, religião tradicional e filosofia dos povos de língua kimbundu.
Destas preocupações resultam a sua bibliografia dos anos 60, nomeadamente:· Ilundo - Espíritos e Ritos Angolanos (1958,1975); Missosso 3 volumes (1961,1962,1964); Alimentação regional angolana (1965); Izomba - Associativismo e recreio (1965);· Sunguilando - Contos tradicionais angolanos (1967, 1989); Kilandukilu - Contos e instantâneos (1973); as musas Tudo isto aconteceu - Romance autobiográfico (1975); Cultuando - poesia (1992); Dicionário de Regionalismos angolanos.
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