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Resumo do Livro Para Entender Relações Públicas

Por:   •  27/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.377 Palavras (18 Páginas)  •  556 Visualizações

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I: Multidão, massa e público        2

CAPÍTULO II: Opinião pública, propaganda e publicidade        7

CAPÍTULO III: Definições de Relações Públicas        10

CAPÍTULO IX: Comunicação, rumor e semântica        14

CAPÍTULO X: Veículos de comunicação massiva        17


PARA ENTENDER RELAÇÕES PÚBLICAS

CAPÍTULO I: Multidão, massa e público

O ser humano é um ser dependente da vida social. Poucos comportamentos realizados por nós, não dependem desse quesito. Basicamente a maioria de nossas atividades é baseada em percepções que nós temos dos outros. Um exemplo disto, é quando estamos vendo um jogo de futebol rodeados de amigos, ou quando discutimos alguma questão importante com eles. O nosso comportamento individual perante a situação é reduzido, isso porque as ‘’expectativas de comportamento’’ do grupo tendem a suprir nossas expectativas individuais. Existem três grandes formas de comportamento coletivo, são elas: Multidão, Massa e Público.

Multidão

A multidão foi uma das formas de comportamento coletivo mais estudado pelos pesquisadores durante a história. Uma das obras do mestre Gustave Le Bon, é utilizada como base até hoje: ‘’A Psicologia das Multidões’’. Porém, com o aumento dos MCM (meios de comunicação de massa), a multidão vem perdendo força no mundo atual. Nas linhas abaixo, segue-se a explicação dos tipos de multidão e como ela é formada:

 A primeira a ser explicada é a multidão casual ou eventual. Essa é representada por um grupo de pessoas que pararam para admirar uma vitrine ou por um grupo que presenciou um acidente de carro. A organização do mesmo é fraca. Tudo se baseia no momento, após o acontecimento, segue-se a vida.

Também temos a multidão convencional. Nela temos uma relação ainda fraca, porém não mais momentânea.  A convencional tem um prazo limitado, onde manifestamos atos convencionais e habituais. Um exemplo é um grupo de pessoas assistindo a alguma competição esportiva.

Outra forma é a multidão expressiva. Nela as tensões emocionais são descarregadas em atos inofensivos, há movimentos físicos e dançantes. Um exemplo para esse comportamento é uma banda de música ou um grupo carnavalesco.

Temos por última, a forma de comportamento mais estudada hoje em dia. É a multidão ativa, ou agressiva. É quando se projeta mediante a intensa ação. Um exemplo seria um grupo de linchadores ‘’fazendo justiça’’ com as próprias mãos.  

A multidão ativa pode ser tomada como base de estudo sobre o tema multidão. Isso porque ela reúne todos os estágios no qual uma multidão precisa para se formar. Nos quais são:

Primeiro Estágio – Um acontecimento qualquer reúne atenção de um grupo de pessoas. Nesse momento, as pessoas ali presentes começam a perder sua capacidade individual e começam a ficar dominados pelo fato que os atraiu.

Segundo Estágio – A tensão liberada acima provoca o que é chamado de milling. É a distribuição espacial irregular dos membros do grupo, quando realizam movimentos.  Com isso cada pessoa transfere sua excitação pessoal para os demais conforme os movimentos vão aumentando. E isso vai fazendo a sensação original de desconforto, mal estar e de incerteza ser refletida ao grupo.

Terceiro Estágio – Após o estado de milling, surge o resultante chamado rapport. É quando os integrantes do grupo se tornam sensíveis demais, respondendo rapidamente e espontaneamente aos estímulos do grupo. Nessa hora os representantes da multidão se voltam a um objetivo comum e começam a responder conjugalmente.

Ultimo Estágio – É a resultante dos processos anteriores. Nela o grupo já responde como um só, editada pelo processo de aceitação mutua e pelo processo de sugestão e imitação. Qualquer um impulso basta para ativar a forma agressiva.

Para concluir, é mais fácil entender a multidão, entendendo como os indivíduos se comportam na mesma. Nota – se que o individuo perde de imediato, a capacidade de autocontrole e crítica alinhando sua personalidade a personalidade de outros membros do grupo, ficando sem capacidade de pensar a seu respeito. O individuo ainda crê em uma sensação de poder e invencibilidade. Portanto, pode-se concluir que um indivíduo em uma multidão, faria coisas que ele nunca imaginou que faria. Vale lembrar que normalmente a contiguidade na multidão é física.

Massa

O processo de industrialização forçou diversas pessoas a deslocarem-se para grandes centros urbanos, vivendo próximas de umas as outras sem qualquer tipo de relação. Isso resultou em uma nova forma de comportamento: a Massa. Nela, os grupos pertencentes são espontâneos, não há diferença cultural e de classes, a relação entre os indivíduos é separada ou anônima e a uma conduta homogênea (quando há conduta).

A massa, diferentemente da multidão, supre sua necessidade individual. Não há uma perda do senso crítico e do autocontrole como nas multidões. Não necessariamente as pessoas precisam estar juntar para ser uma Massa. Há uma consciência e normalmente age-se em função do objetivo que conquistou sua atenção. Um exemplo de massa é quando um crime vai ser julgado. Todos se voltam à decisão e o júri (formado por pessoas aleatórias) que dará o veredito. A conduta pra todos é a mesma.

Veículos de televisão, como a Globo, utilizam as massas, como uma forma de tentativa de controle das atividades humanas.  Os MCM hoje em dia, ‘’cooperaram para libertar os indivíduos da cadeia do hábito, atirando-os em um mundo novo e intenso. É a época dos indivíduos anônimos, que sentem a necessidade de fazer seleções frente a impulsos vagos ou sentimentos despertados. Quando isso tudo se torna para o mesmo fato, a influência da massa atinge proporções imagináveis.

A massa é confusa e incerta. A massa precisa de um líder que sinta os sentimentos dos integrantes dando lhes expressão e calor. A massa tende a convergir as suas ideias.

Público

A definição de público vai muito além da condição pela qual determinados grupos da sociedade a caracterizam. Não significa que é um agrupamento de pessoas a dispor de um acontecimento, assim como também não é a conceituação de uma nação como um todo.

Sinteticamente falando, “público” é o conjunto de pessoas que, de modo organizado, sem necessidades de contatos físicos, compartilham de pensamentos e ideias divididas, em prol da resolução de determinada medida, devendo haver a chance de diálogo e discussão. O público deve apresentar em suas características que o torna como tal, o produto da controvérsia, ou seja, o agrupamento formado pelos indivíduos, sem a formatação de sociedade, que procura a solução em coletividade através da discussão. Em outras palavras, é uma organização de pessoas, sem contato ou dependência física, onde, frente a uma controvérsia, há a possibilidade de debater, discutir, acompanhar e participar de um possível debate intermediado por veículos de comunicação ou na própria interação pessoal entre os presentes.  

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