Saúde pública - Comparação de países

Universidade estadual de Feira de Santana – UEFS

Curso: Enfermagem

Disciplina: Saúde Coletiva

Professor: Fernando Flores

Aluna: Marla de Oliveira Carneiro

1-        Trabalho solicitado pelo professor Fernando Flores, da disciplina de saúde coletiva, com o objetivo de retratar, aqui, as condições de saúde de cada país citado no filme “Sicko” e fazer uma análise ao sistema de saúde do Brasil.

2-        Estados Unidos:

País de grande porte e, como a maioria está acostumado a ver, têm uma grande influência no mundo social e cultural. Apesar de mostrar uma boa imagem para os demais países, apresenta muitos defeitos em seu sistema de saúde. A população sofre com o alto preço de tratamentos, planos de saúde e medicamentos, pois nem todos têm condições de pagar por suas necessidades. Além do custo, há uma falta de interesse por parte dos profissionais em realizar suas devidas funções, por muitas vezes não esclareceram aos pacientes suas devidas doenças e não fazerem esforço pelos casos um pouco mais complicados, como diz os pacientes. Já houve casos em que tais pacientes foram vítimas de preconceito racial e não receberem o devido cuidado. A explicação sabida para estes fatos está relacionada diretamente com o governo que quer lucrar com hospitais particulares e, por isso, não dão valor aos hospitais públicos para que não precisem pagar tratamentos caros para os enfermos. Não é só a população que nota essa falta de interesse das autoridades, mas também os próprios profissionais; “Os planos de saúde não fazem questão e são responsáveis pela morte dos pacientes”, afirma a Dr. Linda Peeno. Na década de 1970, um “novo” plano foi apresentado à população dos EUA. Edgar Kaiser, autor do plano, declarou a todos que desejavam “o melhor sistema de saúde do mundo”, mas na verdade queriam diminuir cada vez mais a freqüência de tratamentos, porque com menos pessoas sendo atendidas, mais lucros eles ganhavam. Após alguns anos, Hillary Rodham Clinton, esposa do ex-presidente Clinton, propôs ao país um novo sistema de saúde que, de acordo com ela, nunca poderia ser tirado. Esse novo sistema seria acessível para toda a população e os demais políticos viram isso como ameaça de socialismo. A partir disso, a indústria dos planos de saúde gastou mais de 100 milhões de dólares para acabar com esse programa de Hillary e passaram-se anos sem nenhum novo projeto estabelecido e o sistema de saúde caiu muito, transformando os presidentes bilionários. A indústria farmacêutica distribuiu dinheiro para republicanos e democratas e integrou mais de 800 bilhões de dólares de impostos para aprovar uma lei, na qual esta faria melhorar os medicamentos, mas na verdade, tornaria os remédios ainda mais caros.

2.1-        Canadá:

Com as dificuldades encontradas em países como os Estados Unidos, muitos vão em busca de uma nação que se preocupa mais com as pessoas. É o caso do Canadá. Este país dá direito para a população de não precisarem levar cartão de dinheiro, pois seus tratamentos são realizados de graça, enquanto nos Estados Unidos é um absurdo de caro. O atendimento médico é universal – o governo paga as consultas de pessoas de outras nações, sem hesitar, não importa sua classe social ou qual necessidade ela precisa, o atendimento é feito de toda forma. Os pacientes afirmam ficarem satisfeitos, já que são atendidos de boa forma e não ficam horas e dias esperando, pois eles são precisos e apressam seus trabalhos.

2.2-        Inglaterra:

O sistema de saúde na Inglaterra é controlado por um programa chamado “SNS – serviço nacional de saúde”. Esse programa permite que o paciente receba o atendimento médico gratuito e incluem todos os gastos, sejam eles com remédios ou até passagem para transporte, de modo que o paciente chegue com segurança do hospital para casa. Tudo começou pela democracia, que fez com quê as pessoas de todas as classes sociais tivessem o mesmo direito de atendimento, como uma medicina socializada. Os médicos têm um salário excelente e são influenciados a atenderem o máximo de enfermos que conseguirem. Devido a essa preocupação com o estado de saúde das pessoas, os britânicos são bem mais saudáveis que os americanos, até as pessoas mais pobres que vivem em condições precárias no ambiente em que habitam são mais saudáveis que os ricos dos Estados Unidos.

2.3-        França:

Assim como o Canadá e a Inglaterra, os pacientes não precisam pagar seus tratamentos. Têm uma expectativa de vida maior que os americanos, já que são atendidos de melhor forma e mantêm boa saúde. Quando os pacientes possuem problemas não demoram a serem recebidos, tanto nos hospitais como em casa, porque os médicos atendem em domicílio se for preciso.

2.4- Cuba:

Este possui um tratamento médico gratuito e universal. Possuem um dos melhores sistemas de saúde e mais generosos a oferecer atendimento a todos. Seus profissionais são qualificados, têm bom ensino e a taxa de pagamento pelo curso de saúde é mais baixa que muitos outros países. Aqui, os habitantes têm expectativa de vida mais longa, com taxa de mortalidade baixa. Diferente dos Estados Unidos, os remédios são de preço incrivelmente baixo, seja para remédios de doenças mais graves ou apenas uma virose. Os americanos, ao ver o modo de vida dos cubanos, até ficam desacreditados, principalmente pelo fato de que neste país eles se importam com o bem das pessoas e não fazem para obter lucro.

2.5- Brasil:

Possui um sistema de saúde tanto privado como público, este, conhecido como “SUS”. Considerado um dos maiores sistemas de saúde público do mundo, o SUS adota medidas que garante “acesso integral, universal e igualitário à população brasileira, do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de órgãos.” Apesar de possuir um sistema que oferece uma grade de direitos aos pacientes, nem sempre é visto o programa sendo aplicado de forma concreta na sociedade. Ao observar o cenário da saúde pública, percebemos que há muitas falhas no sistema. Os hospitais são encontrados de maneira drástica, com condições precárias, ambiente desagradável e tudo causa um desconforto aos pacientes. Os médicos, muitas vezes, se encontram inapropriados para cuidar de tais enfermos e não fazem questão de tratar de todos os necessitados. As autoridades têm, cada vez mais, desviado verbas que iriam ser destinadas à saúde e isso prejudica de forma direta a população, pois não recebem os devidos cuidados e tratamentos. Assim, é visto que o país, apesar de possuir um plano interessante para a população, não cumpre o que é proposto pelo mesmo.