Trabalho Sobre Urbanismo
Por: Elton Manhique • 25/10/2021 • Trabalho acadêmico • 5.048 Palavras (21 Páginas) • 229 Visualizações
Introdução
O urbanismo é, apenas, mais uma das fases, segundo S.BOYDEN, (1981), de um processo desequilibrado de domínio do meio, que terá começado com a descoberta do fogo, a que se seguiu o desenvolvimento da agricultura e que culminou na industrialização.
Objectivo:
Geral
- Se nos fosse possível abstrair de toda a conjuntura socioeconómica e política em que vivemos e nos reduzíssemos à nossa humilde posição de mais um elemento do Ecossistema, veríamos que este tipo de instituições e sobretudo os objectivos que as justificam são incompreensíveis, desnecessários e geradores de "ruído" no Ecossistema.
- É precisamente o conhecimento desta nossa frágil posição no Meio Ambiente que nos assalta as consciências, individual e socialmente, e nos faz sentir culpabilizados pelos inúmeros focos de Fome no globo.
Específico
- As cidades, projecções integralmente artificiais no espaço das novas necessidades de troca de excedentes, permitiram ao Homem a maior possibilidade de controlar o seu habitante.
Clima urbano
As inúmeras actividades associadas ao fenómeno de urbanização, em que o Homem é um actor privilegiado, são responsáveis por mudanças substanciais nas primeiras centenas de metros da atmosfera, por alterações fisiológicas na fauna e na flora, por alterações na topografia, pela criação de novas formas de acumulação (entulhos e lixeiras) e de remoção (extracção de areias, cascalho e rocha) e por modificações no sistema de circulação da água.
Ao nível da atmosfera, a urbanização teve impactos negativos significativos, alterando os fenómenos meteorológicos resultantes das trocas físico-químicas na interface Terra-Atmosfera.
Se recordarmos que 100% da humidade, 75% das entradas de calor, bem como a dissipação de 40% da energia cinética, se devem à superfície da Terra, torna-se evidente a magnitude das alterações climáticas geradas por qualquer núcleo urbano.
As relações - Homem-Meio Ambiente - do ponto de vista geográfico, pretende tornar claro que surge assumir uma atitude menos irreverente e mais humilde, face ao suporte ambiental de que dependemos.
Uma vez que as relações de dependência entre as várias componentes do Ecossistema são múltiplas e complexas optamos por tentar entender um pouco melhor as hipóteses que iremos testar ao longo deste trabalho de investigação e que, basicamente, são a compreensão dos efeitos de uma cidade no clima regional e local e as consequências do comportamento de alguns elementos climáticos no metabolismo urbano não podem, nem devem, ser entendidas como o objectivo final deste trabalho.
Este controle, desencadeou e promoveu atitudes de progressiva irreverência relativamente ao Meio Ambiente. O suporte ambiental passou a ser visto como uma entidade separada. Foi-se perdendo completamente a ideia de "coesão", a favor dum pretensioso conceito de imunidade dos homens face às consequências das suas acções.
As atitudes perante uma situação de risco, como aquele em que acreditamos se vive actualmente, são múltiplas e variada acção individual, e contribuir para mostrar que é útil dotar os decisores, de elementos adequados, para que as acções políticas, sociais e económicas, incluam, cada vez mais, a noção de um desenvolvimento sustentado no suporte ambiental disponível.
Na cidade, o número e o tipo de fontes emissoras de SO2 é muito diverso. Embora emitam, individualmente, quantidades muito menores de SO2, as potenciais fontes de SO2 na área urbana, devido à sua grande dispersão, particularmente na metade oriental da cidade, dificultam, substancialmente, a detecção das relações de causa-efeito que procuramos. Tanto mais que a esta grande disseminação das fontes, em termos espaciais, associam-se as condicionantes impostas pela diferenciação topográfica e pela grande e complexa multiplicidade de microclimas gerados no interior da cidade.
Tanto as crises de asma, como as crises de bronquite, desenvolveram-se e agravaram-se nas crianças com menos de 10 anos, nos dias com temperatura média, mínima e máxima e a insolação relativa foram mais elevadas do que a média da totalidade do período considerado (1/4/87 a 31/3/91).
Clima Urbano
Clima urbano é clima gerado ou influenciado pela urbanização, que relaciona-se em meso clima ﴾cerca de centenas de mentor﴿ e microclima ﴾ parte pequena de cidade, alguns metros a dezenas de metros﴿ pela qual se encontra em processo contínuo de transformação de balaço de energia e massa, sendo considerado em sistema aberto. E analisado pela climatologia geográfica, em que aborda os elementos do clima em relação do espaço, ainda mais especificadamente como climatologia urbana.
Os principais factores controladores dos climas urbanos são:
- Instalação de equipamento urbanos parques, praças, edifícios, áreas industria, residências);
- Verticalização urbana;
- Ocupação desordenada;
- Impermeabilização do solo.
Verticalização urbana
É um processo urbanístico que consiste na construção de grandes edifícios e costuma resultar na densificação populacional. Também constitui-se da apropriação do solo urbano num estágio avançado, o qual representa mudanças sociais e económicas, sendo assim um marco revolucionário para paisagens urbana e um símbolo de modernidade . O processo de verticalização não promove mudança somente no espaço urbano, mas também na sociedade e na cidade. Ainda no que se refere a economia, a verticalização ocorre preferencialmente nas áreas mais valorizadas de uma cidade, primeiramente seguindo a direcção determinada pelo crescimento e expansão de moradia da classe dominante, observando a legislação que permite a verticalização nestas áreas e em segundo momento a expansão das áreas da classe médias transformações técnicas que atingem as cidades actuais de uma forma clara. É um dos agentes que mais influenciam no processo de verticalização são os promotores imobiliários, que, quando realizam especulações imobiliários fazem com que determinados terrenos, principalmente do centro das cidades, e apresentam valores exorbitantes, devido a sua óptima localização considerados privilegiados, necessitando-se assim a construção de edifícios, permitindo que a mesma parcela de terra seja ocupada por varias pessoas﴾ Santos, 2015﴿
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