Trabalho sobre o livro de o replay
Por: Fatima Egusquiza • 30/5/2015 • Resenha • 866 Palavras (4 Páginas) • 461 Visualizações
O replay
na teletransmissão
esportiva a partir do
tempo morto do
futebol .
Autor: Álvaro Rodrigo S. Rocha E Silva
O replay na teletransmissão
esportiva a partir do tempo morto do futebol.
“O tempo morto
nas teletrasmissões
de futebol”
Belo Horizonte-MG
2014
Acreditamos que as imagens inseridas no panorama televisivo quando a bola para de rolar no esporte são importantes para a compressão da narrativa esportiva, além de se tornarem um diferencial no esporte em vista ao que temos através dos campos. É nos tempos mortos que a televisão utiliza artifícios que lhe são próprios para conferir no sentido aos acontecimentos futebolísticos. Em especifico, a televisão neste esporte utiliza de recursos a fim de conquistar o telespectador dentro da partida.
Uma primeira abordagem às questões levantadas anteriormente implica caracterizar o tempo morto como a suspensão de uma dada ação tida como principal. Haveria uma narração não só relativa, mas também rítmica. Existem períodos de tempos mais concentrados. Desta tese temos algumas possibilidades, 1° dentro de um programa televisivo existiriam pontos de espera, ou pausas que relaxariam a quantidade/qualidade de informações; 2° se tomada apenas por seu viés narrativo tal perspectiva compreenderia os intervalos como tempos mortos; 3° qualidade de uma informação viva haveria ruídos que poderiam ser interpretado como morte da informação. Todavia, essas perspectivas falha em perceber que, ao suspender o tempo vivo da narrativa, do tempo morto surgem outros tempos. O tempo morto nesta primeira concepção, é a vazão de outras temporalidades que irão aumentar o tempo de narrativa. Se a pausa narrativa entre o gancho de um bloco de programa a outro do programa, o tempo morto que os intervala é aparte constitutiva do produto televisivo.
Os tempos mortos identificados por Machado são significativos do conteúdo televisivo, e dizem tanto quanto os seus tempos vivos. Porém, se na perspectiva de Machado o tempo morto é um tempo de natureza diferente daquele que interessa. Os conteúdos dos comerciais dada certa hora ou programa molduram o conteúdo desta faixa horaria. Por exemplo, em uma transmissão de partida de futebol em canal aberto, cervejas, automóveis e bancos compõe um panorama televisivo que diz bastante sobre o publico que a televisão acredita construir pra si. Por isso na televisão não existe tempo morto, existem tempos mais ou menos concentrados.
O futebol tem nos acréscimos um recurso para compensar o tempo bola fora de jogo, mas não é um recurso objetivo e sim subjetivo. Em media partidas de futebol tem dois terços dos seus noventa minutos de bola rolando, e o outro terço de bola parada (tempo morto). A decisão dos acréscimos normalmente de 2 a 10 minutos, divididos em duas metades do jogo, é do arbitro e somente dele já que não compensam objetivamente o tempo perdido. É que no futebol, não se pode falar em apenas um tempo de uniforme e igual para todos, mas em um tempo de várias qualidades distintas em que tempo morto e vivo são apenas duas faces perceptíveis. No futebol cada personagem, jogador, membro da comissão técnica, árbitro ou torcedor sente o tempo com intensidades diferentes. Os jogadores, locutores que elaboram o discurso coletivo em campo contam com amplas variações. Já um atacante, um zagueiro e um armador lidam de formas diferentes com o tempo. Para o telespectador também há a experiência de tempos diferentes, e isso será de acordo com o envolvimento afetivo que este tem com os clubes que disputam. O tempo afetivo do Futebol é contraponto ao tempo crescentemente frio, padronizado das sociedades modernas. Por tanto, no futebol o tempo cronométrico e substituído pelo tempo afetivo.
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