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A ARTE PARA OS FILOSOFOS

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Por:   •  11/7/2014  •  1.538 Palavras (7 Páginas)  •  2.249 Visualizações

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A ARTE SEGUNDO OS FILÓSOFOS

A ARTE SEGUNDO SÓCRATES

1-O que é belo é útil – Estética Utilitária

2-Olhos que não enxergam não podem ser belos

3-O mais belo cavalo é o que corre melhor

4-O que é Belo é Bom – Estética Moral

5-Nada é verdadeiramente bom sem que também seja útil.

A ARTE SEGUNDO PLATÃO

Platão (427 - 348 a. C.) conceituou a arte como obra feita segundo modelo que o artista tem na mente.

Este caráter que aprecia a arte como simples entidade, sem incluir necessariamente a expressão temática, - Platão o tem claramente na sua doutrina da ideias arquétipas.

Imaginou que todas as coisas desse mundo foram feitas pelo Demiurgo (= artista), o construtor supremo do universo. Este teria tomado a matéria eterna, moldando-a, tendo por modelo as ideias eternas. Reduplicou, pois, na matéria, as ideias reais. Ora, este Demiurgo trabalhou como o artista.

Mas o artista terrestre toma como modelo de suas estátuas os exemplares encontrados na natureza. Ora, estes exemplares já são reduplicação dos exemplares arquétipos supremos. Por isso, para Platão os seres da natureza são inferiores ao arquétipo; por sua vez, os seres da arte, ao imitarem a natureza, criam algo inferior à mesma natureza. Dali a conclusão, de que melhor é procurar a natureza, do que a arte. Enquanto a natureza é sombra do arquétipo, a arte é a sombra da sombra.

Ou, como dirá depois Dante, - a arte é neta de Deus, ao passo que a natureza é filha de Deus.

E assim resultou que Platão expulsasse a arte da sua concepção de República. Ainda assim, entre as artes Platão preferiu a música, em vista de certa espiritualidade.

Em qualquer hipótese, as concepções de Platão se revelam em todo o seu contexto como sendo de sentido praticista, e não como expressão intencionalística (Platão, República, L. 3 e 10; Sofista, 264 - 267).

Os sucessores de Platão reproduziram o seu conceito praticista de arte, divergindo apenas em detalhes referentes ao modelo ideal.

A ARTE SEGUNDO ARISTÓTÉLES

Em Aristóteles o modelo da arte não precisa ser um arquétipo, mas qualquer idéia pré-estabelecida pelo artista.

Através dos tempos as filosofias da arte vão oscilando para modelos mais ideais (como na arte idealista, ou clássica) e menos ideais (como na arte helênica, barroca, romântica, modernista).

Não obstante estas oscilações, a conceituação básica da arte pode continuar sendo praticista, ou seja, como sendo criação de obra antes de tudo entitativa, sem preocupação intencionalística a expressar temas.

Aristóteles (384 - 322 a. C.), ao distinguir entre a ação e o fazer da arte, mostrou que a ação é imanente (permanecendo seu efeito no indivíduo), ao passo que a arte é produto exterior à ação (situando-se fora do indivíduo que a produz). Ao esclarecer tais diferenças se conservou no contexto de que a arte é expressão entitativa e não afirma diretamente que ela seja uma expressão com objetivo temático ou intencionalístico.

"Sendo diverso o produzir e o agir, não há dúvida que a arte visa ao produzir, não ao agir" (Ética a Nicômaco, 6, 4. 1140 a 7).

E depois conclui, referindo-se ao modelo oferecido pela razão:

"Logo, como se disse, a arte é certo hábito produtivo com razão verdadeira; e, ao invés, a carência da arte é um hábito com razão falsa à cerca daquelas coisas que podem ser diferentemente" (Aristóteles, Ética à Nicômaco, 6, 4. 1140a 9 - 11).

Contudo, a arte que Aristóteles define como um fazer, pode ser entendida como um fazer algo, que a seguir vai servir como expressão significadora. Efetivamente, a arte sempre é precedida pelo fazer uma obra material, à qual se destina ao expressar.

O BELO E A ARTE SEGUNDO KANT

(1724-1804). Um segundo período foi criado na filosofia moderna por Imanuel Kant que desenvolveu uma nova estética, ainda que influenciado pelos seus antecessores.

No mesmo novo clima subjetivista, que coincide com o neo-classicismo e pré-romantismo, se desenvolveram, entre outras, as estéticas de Winckelmann (1717 - 1768), Sulzer (1720 - 1779), Mendelsohn (1729 -1786), J. W. Goethe (1749 - 1832), Fr. Schiller (1759 - 1805).

O novo modo de pensar inspirou o movimento juvenil do Sturm und Drang (= tempestade e ímpeto) (1760 - 1785), contrário a aspectos ainda rígidos do iluminismo. Dele participaram Johann Herder (1744 -1804), Goethe, Klinger (1752-1831), Schiller e outros .

O fazer coisas belas, como arte, assume, como se vê, novas direções, mas principalmente cresce como potencialidade no campo temático da expressão.

Para Kant o belo é o que está conforme o arquétipo da espécie. Todavia, para ele o arquétipo não passa de uma forma a priori da faculdade do juízo. O belo, ainda que seja um objeto sensível, deve, como um todo realizar-se de acordo com o arquétipo. Ocorre, então, a presença da razão na obra de arte, pois é a razão que conduz o artista na criação de obras em tais condições.

A distinção entre o belo natural e o belo artístico está em que o natural se cria sem uma prévia concepção racional e livre, ao passo que o da arte resulta de uma concepção exemplar anteriormente pensada e livremente executada. A concepção artística de Kant é, pois, um praticismo apriorista.

"Quando se encontra um pedaço de madeira talhada, não se diz tratar-se de um produto da natureza, mas de arte; sua causa produtora pensou um fim ao qual deve sua forma. Vê-se uma arte em tudo aquilo que está constituído de tal sorte que, em sua causa, uma representação deveu haver precedido a sua realização" (Kant, Crítica do juízo, § 45.)

O pré-romantismo e o romantismo reagiram, pois, contra a índole geral e absoluta dos modelos da obra de arte. São também transferidos para a obra de arte os elementos singulares emotivos, sociais, racionais, históricos e até do subconsciente. Mas se conserva a concepção

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