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A Banalidade do Mal

Por:   •  12/11/2019  •  Resenha  •  434 Palavras (2 Páginas)  •  377 Visualizações

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Antes de tudo precisamos refletir sobre alguns conceitos, por exemplo, a moral refere-se ao conjunto de normas e princípios que se baseiam na cultura e nos costumes de determinado grupo social, já a ética é o estudo e reflexão sobre a moral, que nos diz como viver em sociedade. O Homem é um animal ético e a moral é autônoma, ele vem ao mundo por fazer e tem de fazer-se, realizar-se a si mesmo. A exigência moral não surge do fato de se ser crente ou ateu, mas da condição humana de querer ser pessoa humana autêntica e plenamente realizada.

As religiões são sistemas filosóficos, e é aí que surge sua ligação com a ética, a religião autêntica deverá constituir mais um impulso para a ação ética. A sua ligação a idéia de sociedade livre é a mais problemática, pois nem todas as religiões podem levar a uma sociedade livre ao modo que não concebem o livre arbítrio e a responsabilidade última do indivíduo.

A religião não é uma condição necessária à ética, mas a sua rejeição exige ao agente a formulação de uma fundamentação alternativa.

Implantar religião na ética é desencadear uma série de conflitos e discordâncias, todos os homens sensatos concordam com a validade das virtudes naturais como a coragem, a justiça, a prudência e etc, a religião, no entanto é algo pessoal e, portanto, essencialmente subjetivo, a sua validade depende das “necessidades psicológicas” do individuo e ela não pode apropriar para si consenso e validade universais, esta visão manifesta-se naquilo que Dietrich von Hildebrand classificava, no campo religioso, como “ecumenite”: todas as religiões seriam igualmente válidas e cada uma delas constituiria um dos vários caminhos que o homem pode percorrer para chegar a Deus. É inegável que na prática os limites à ação que as pessoas estabelecem para si próprias advém em grande medida da sua educação e do contexto social em que vivem; da tradição, portanto, nesse sentido, a influência prática da religião na ética é enorme, mas, proclamar que determinada religião é a única verdadeira não seria apenas uma atitude arrogante e triunfalista, mas criaria inevitavelmente discórdia e desarmonia em qualquer sociedade.

A ética religiosa está ligada ao realismo moral, que entendesse que existem fatos morais, havendo uma moral absoluta, pela qual os comportamentos corretos decorrem da vontade de Deus, que nos são dados através dos profetas, contendo a Bíblia e o Alcorão vários comandos decorrentes dessa revelação profética. Todavia, nem todos aceitam que uma conduta seja correta tão somente porque ele é ditado em algum livro sagrado, exigindo uma fundamentação racional para que aceitar o que se entende por comportamento correto.

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