A DEFINIÇÃO DE EROS EM PLATÃO E SUA ASSOCIAÇÃO COM O CONHECIMENTO E A VERDADE

FACULDADE PAULUS DE TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO

RELAÇÕES PÚBLICAS – 1º SEMESTRE –  NOTURNO

ISABELLA CARVALHO

DEFINIÇÃO DE EROS EM PLATÃO E SUA ASSOCIAÇÃO COM O CONHECIMENTO E A VERDADE

FILOSOFIA – PROFESSOR STEFANO STIVAL

SÃO PAULO – SP

                                                    2018

DEFINIÇÃO DE EROS EM PLATÃO E SUA ASSOCIAÇÃO COM O CONHECIMENTO E A VERDADE

Como pode-se entender através d’O Banquete, para Platão Eros, ou amor, é desejo. E nós desejamos o que não temos, a partir do momento que temos, não desejamos mais. Só há amor na ausência. Então o amor, não possui o que deseja. Se deseja o belo ou o bom, por exemplo, ele não é belo ou bom. Mas o amor também não está no oposto, não é feio ou mau, ele está entre esses dois extremos. O amor não é perfeito, logo, não é um deus. O amor é uma entidade intermediária entre os homens e os deuses, é o filho do recurso e da pobreza. É a carência, é a busca, é desejar a beleza sem poder possuí-la. Assim, o objeto do amor é a possessão constante do que é bom. O empenho de ir atrás desse objetivo seria dar à luz perante o belo, pois o belo se harmoniza com tudo aquilo que é divino, e o que é disforme, não.

Os seres humanos, buscam e anseiam pelo belo pois os trará prazer, considerando que se supõe que tudo aquilo que é bom e belo lhe trará felicidade, e de acordo com o diálogo platônico a sabedoria (sofía) e o conhecimento (episteme), são naturalmente belos, e o amor está à procura das coisas belas e boas. Sendo o conhecimento a busca pela verdade, Eros também é o desejo ardente e inquieto da alma do homem que a todo momento pede pela busca e pela posse da verdade. Eros sustenta diferentes pontos de largada na busca em direção a verdade. Primeiro vem o amor intelectual ‘de um belo corpo, que gera belos pensamentos’, quando a alma entende as belezas físicas, palpáveis, como apenas reflexos de uma beleza única. A seguir entende-se que acima do belo do corpo está a beleza da alma e é atribuído a este o amor de verdade. Daí segue o amor pelas obras nascidas no seio do belo e assim o amor da ciência. Por fim o Amor conduz o homem a olhar para a vastidão do belo em si, onde o espírito e a alma se nutrem para dar à luz a pensamentos e discursos filosóficos de grande abrangência.

A sabedoria trata do que há de mais belo e nobres entre as coisas e sendo Eros o amor direcionado para o que é belo e nobre, Eros não podem ser outra coisa senão um próprio amante da sabedoria.

Eros é em si o caminho para o conhecimento e para a verdade, instigador das virtudes humanas mais nobres que fluem de dentro, algo que se deseja e que lhe enriquece, sendo o equilíbrio entre nós seres humanos.