A Didática em Questão

Universidade de Pernambuco –CMN

Disciplina: Didática

                                        Resenha

CANDAU, Vera Maria. (org.)  A didática em questão.  34ª ed.- Petrópolis, RJ: Vozes, 2013, p.79-117.

Os capítulos que seguem buscam fazer um abordagem sobre a pesquisa em didática, suas realidades e propostas. Ludke inicia o capitulo ressaltando Balzan (1982) e Mello(1982)  mencionando a figura do professor dentro da sala de aula como agente capaz de acionar uma serie de  estímulos. A autora traça um panorama  histórico da pesquisa em didática em vários países e com isso demonstra que houve uma significativa mudança de modos de se pensar os fenômenos educacionais.

A autora questiona-se em como se define atualmente o especialista em didática, o professor dessa disciplina? Qual seu saber especifico, qual a sua função e missão? Será que a pesquisa é um dos meios mais importantes para situar a didática na educação? A partir dai a autora reflete sobre o trabalho de Standorf (1978) onde aponta a dificuldade e a complexidade na pesquisa didática, onde o foco principal se dá nas variáveis do produto e processo ou seja a aprendizagem obtida. Outro trabalho analisado é de Einser (1979) quando tal faz uma análise critica da situação educacional do seu país e parte para novos métodos para responder melhor a necessidades e realidades do ensino, entre eles está o criticismo.

Bob Stake insiste no caráter responsivo de toda avaliação, quando visitou o Brasil aconselhou sobre novas metodologias para pesquisa e avaliação. São elas: a confluência de prática e teoria; a busca do saber desejado por alunos de diversas classes sociais;  a necessidade de repensar a tecnologia educacional; busca de soluções para o ensino; se há alguma relação entre os trabalhos pedagógicos e características inerentes aos docentes; compreender a experiência do vida do professor enquanto aluno influencia sua prática pedagógica, entre outras. Segundo a autora serão as pesquisas as responsáveis por construir novas maneiras de pensar e viver a didática na formação de docentes.

O ultimo capitulo de Balzan foca nas realidades e propostas acerca da pesquisa no âmbito  didático, afirmando que se faz necessário “se desvencilhar  de modismos e jargões e da visão ingênua sobre problemas educacionais desvinculados de problemáticas sócio- politico, econômicos e pedagógicos  e o descaso com a própria educação”.  Ele faz criticas de caráter de conteúdo, fragmentação e quantificadora da didática e do ensino dos docentes nas escolas, tendo como solução- problema a necessidade de envolver os problemas educacionais com a realidade proposta pela instituição de ensino e pelo alunado. Outro fator importante citado pelo autor é a necessidade de solucionar os problemas que surgem na sala de aula devem ser resolvidos na sala, embora a maioria desses problemas não são originados na sala. Por fim Balzan alerta pela tendência errônea a ser superada na qual a escola tem o poder de mudar a sociedade, bastando para isso bons professores. Além de indicar a maior veiculação entre a teoria e a prática, se comprometer com a realidade social e novos caminhos para se modificar a didática e o ensino no geral.