A Ecologia Ética

IFBA-CAMPUS VITORIA DA CONQUISTA

DISCIPLINA: FILOSOFIA E ÉTICA

DOCENTE: LUCAS PIRES SANTOS

DISCENTE: ANA MARY

CURSO: ENG.AMB 2018.1

RESUMO

Resumo referente ao texto “Os novos saberes ecológicos: uma proposta de reconexão”. O autor inicia o capítulo comentando sobre a atual situação da sociedade aponta que só é possível haver mudança caso haja uma mudança de visão. O modo de pensar antigo tem sido recentemente rebatido. O modo como se encontra a sociedade faz com que haja necessidade de uma nova modalidade do pensar. O capítulo mostra a emergência de uma nova perspectiva do homem com a natureza, vendo a natureza como um todo não apenas um objeto de uso para o humano. O paradigma citado fez com que surgisse a escola filosófica da ecologia profunda que é o marco em que esse capítulo se alicerça. Foi fundada pelo filósofo norueguês Ame Naess, no início dos anos 70 com a distinção entre ecologia rasa e ecologia profunda. Para o autor a ecologia rasa é a antropocêntrica, focada apenas no homem, vendo ele fora da natureza; já a ecologia profunda não separa humanos de natureza, vê tudo como um todo, uma rede de fenômenos que se interligam. A percepção da ecologia profunda é uma percepção espiritual da vida. Esse pensamento faz com que haja perguntas aos paradigmas modernos devido a interligação entre os meios que compõe a natureza. Além da ecologia profunda ha duas importantes escolas filosóficas: a ecologia social e a ecologia feminista ou Eco feminismo. A Ecologia Social é o reconhecimento de que a natureza está ligada as estruturas sociais e econômicas. Para Capra os desdobramentos de crises ambientais entrelaçam a aspectos sociais e econômicos, sendo a problemática ambiental a crise de percepção, pois ha uma fragmentação dos setores de gestão. Ha sim, modos para resolver problemas de nosso tempo porém, requerem uma mudança radical nas nossas percepções. O ato de estar sobre a Terra traz implicações profundas, por esse motivo surgiu a ecologia profunda a fim de libertar-nos de comportamentos ultrapassados. Ela questiona as premissas da sociedade moderna proporcionando um saber mais amplo e sustentável, defende uma perspectiva ecocentrística. A ecologia profunda faz menção a um “eu ecológico”. Nass defende que o homem devia se desligar do antropocentrismo e assumir maior identificação com a natureza. Ela influenciou também a teoria da politica verde e o ativismo radical. O movimento ecológico profundo tem por objetivo alterar politicas econômicas e ideologias que abusam do meio ambiente. O biorregionalismo é sugerido por ecologistas profundos como a teoria politica ideal de organização. Ele defende que as considerações ecológicas devem determinar as fronteiras culturais, politicas e econômicas. São, portanto, sociedades verdadeiramente descentralizadas e democráticas. Defendem a utilização dos recursos locais dentro dos limites ecológicos sustentáveis. Ao fim a ecologia profunda atua coo agente transformador do ser, fazendo com que ela veja o mundo por outra realidade; aprendendo a integralizá-lo e protegê-lo como extensão do próprio corpo.

O ecofeminismo é uma vertente da politica feminista que faz uma junção entre as preocupações feminista e ambientais. É uma das mais radicais correntes pois propõe a desestabilizar as bases da civilização que separa humano/natureza e hierarquiza os sexos. Além de movimento social é também um discurso teórico. Como movimento social defende o envolvimento das mulheres na preservação e conservação da natureza. O movimento ecofeminista traz a tona a estreita relação entre exploração e submissão da natureza. Tanto o meio ambiente como as mulheres são vistos pelo patriarcal como “coisa útil’’, buscando sempre a dominação. Foi a emergência do ecofeminismo nas décadas de 70/80 que influenciou teorias feministas e ambientais no mundo acadêmico. O ecofeminismo pode ser divido em Ecofeminismo clássico, espiritualista do terceiro mundo e construtivista. Se faz necessário o esclarecimento das diferenças e aproximações entre ecologia profunda e ecofeminismo. A ecologia profunda tem uma visão holista da natureza e pretende desvendar os padrões éticos, simbólicos e psicológicos. É exatamente nesse nível que a análise ecofeminista se conecta a Ecologia profunda. Por fim conclui que os ensinamentos feministas, apesar da sua multiplicidade de considerações e enfoques, parecem nos conduzir a necessidade de valorização do arquetipo feminino para que atinjamos um nivel de democracia, de acolhimento as diferenças e de empatia e cuidado para com todos os seres necessários para a continuidade da vida na terra.

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