A Educação na Filosofia de Sócrates
Por: Fabiana Inara • 9/10/2018 • Resenha • 755 Palavras (4 Páginas) • 408 Visualizações
Universidade Estadual do Maranhão
Curso de Pedagogia
PAGNI, P.A.; SILVA, D. J. A educação na filosofia de Sócrates. In.____ Introdução à Filosofia da Educação: temas contemporâneos e história. São Paulo: Avercamp, 2007.
Sócrates foi um dos filósofos que mais se destacou em sua época, foi ele o atribuidor de sentido a palavra “Filosofia”, nascido em Atenas e condenado na mesma cidade sob acusação de seus pensamentos influenciarem e corromperem os jovens atenienses.
Os pensamentos socráticos foram disseminados na obra de Platão, um de seus discípulos. Os diálogos socráticos e ideias próprias eram defendidos por meio da argumentação, com o propósito de provocar situações com resoluções praticamente impossíveis, que acabavam atiçando a curiosidade por uma conclusão; esse método ficou conhecido como Maiêutica, cujo o objetivo era de “fazer nascer os espíritos dos pensamentos naqueles que o possuem sem o saber” (Morandi, 2008). Cabe destacar que o foco principal de Sócrates e dos Sofistas era o de “como e para que educar o homem para a vida na pólis (cidade) ”, segundo Pagni e Silva (2007). Então, Sócrates fez uma reflexão e conclui que é preciso uma nova educação que tivesse como foco o ensinamento moral e intelectual e não apenas a educação que formulava o guerreiro jovem, belo e bom para a morte gloriosa na batalha.
Com a transformação de Atenas, urbanização, não havia sentido esse tipo de educação destinada as batalhas, surge assim a necessidade da preparação de indivíduos para a vida politicada cidade, pois agora era necessário educar cidadãos para a democracia, e para isso é preciso rever a forma de educação.
A areté que agora se inaugura está voltada para a formação do cidadão para o governo da pólis, cuja preocupação se centra na formação política, ética e moral dos indivíduos para o exercício do poder. A virtude que mais interessa desenvolver é a cívica [...]. No novo processo formativo, o instrumento fundamental para a realização da virtude cívica é a palavra. (PAGNI E SILVA, 2007, p. 21 e 22).
A palavra ganha primazia, e através dela nasceu o debate, a contradição e o argumento que visa o interesse coletivo. É a partir da criação desses aspectos que começa a ocorrer questionamentos sobre as normas de conduta e os mitos, que eram considerados verdades absolutas inquestionáveis.
A partir dessa mudança no modo de pensar, surgem os Sofistas, filósofos e mestres na arte de educar, que detinham conhecimentos sobre técnicas e métodos de ensino, com um bom desenvolvimento na argumentação que os possibilitava persuadir com facilidade aos que os ouviam. Os sofistas são considerados por muitos como fundadores da pedagogia. Eles se destacam nesse momento da história grega por se tornarem elementos fundamentais para a democracia ateniense, uma vez que, além de proporcionarem um ideal educativo baseado na retorica (arte da persuasão), o fato de serem mestres da areté (virtude) politica, os indivíduos passam a exercer sua cidadania.
Pagni e Silva (2007) apresentam que a pedagogia sofista permite a mudança na visão que se baseava na cosmologia para uma visão antropológica, ou seja, que desviava sua atenção das causas do universo e se voltavam para a questão referente a vida na pólis.
Com essa nova posição opositora aos aristocratas, que defendiam a ideia dos costumes e leis não serem naturais, ou determinada por deuses, os sofistas criam a Paideia, tendo como objetivo uma educação baseada em fundamentos racionais.
A figura de Sócrates tornou-se o eixo da história da formação do homem ocidental, de acordo com Pagni e Silva (2007).
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