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A Experiencia do Conhecimento

Por:   •  12/11/2016  •  Resenha  •  840 Palavras (4 Páginas)  •  420 Visualizações

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GARCIA, Ana Maria. A Experiência do Conhecimento – IN Metodologia Científica: caderno de textos e técnicas. 7.ed. Rio de Janeiro: Agir, 2002. p. 34-41.

A autora Ana Maria Garcia é graduada em Filosofia pela UERJ. Atua na formação profissional integrando o SENAC (Departamento Nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) à equipe do Departamento de Filosofia da Universidade Santa Úrsula. É membro participativo na formulação do livro Metodologia Cientifica e também da obra Antologia Poética (nº 1 e nº2).

 O texto aborda sobre o tema conhecimento. A autora introduz dando ênfase à diferenciação entre o homem e a animalidade, advinda da capacidade do primeiro de racionalizar a realidade além das informações captadas de imediato. Para confirmar seu pensamento, demonstra que o homem se coloca diante da interpretação da realidade, relacionando e descobrindo tanto sobre ela como sobre si próprio. Assim, de acordo com o texto, nasce um novo ser a partir da realização desse pensamento, visto que a cada novo conhecer, o homem adquire uma nova forma. O conhecimento, portanto, define cada individuo, e a cada novo conhecer há uma modificação do seu modo de estar no mundo.

Após expor seu conceito de conhecimento, Ana Maria estabelece três maneiras de acontecer esse processo. Na ocorrência da criação de uma nova linha de raciocínio, o sujeito faz conhecimento; ao tomar para si um conhecimento já existente, pré-formulado, onde não há renovação de pensamento, o sujeito apenas consome a informação; quando se reflete sobre o fazer e o usar das possibilidades daquele conhecimento, o sujeito está criticamente no mundo.

Para explicitar mais a fundo sua visão, a autora especula sobre a definição de fazer conhecimento. Neste momento, é reafirmada a ocorrência de um nascimento, de sujeito e de objeto, quando se constrói um raciocínio próprio a cerca de um assunto. Há a defesa de que apenas nesse momento de elaboração é detectado o ato criador. Explanações futuras podem ser feitas autônoma e automaticamente por quaisquer mecanismos de execução, sem precisar da contribuição humana para sua concretização. A escritora ainda salienta que esta criação não se obtém espontaneamente, ela é fruto de um processo com etapas bem definidas, e isso ela evidencia abordando a construção da ciência ao longo dos anos. Ela comprova, usando de observações de profissionais consagrados, que a objetividade alcançada cientificamente advém de longa iniciação, preparação lógica do estudo, de forma que se possa entender a complexidade do objeto estudado.

Em relação ao uso do conhecimento, é afirmado que apesar da técnica facilitar a vida do homem, ela aliena e limita o conhecimento adquirido pelo sujeito. Na visão da autora, o ensino é errôneo ao desvincular a técnica da sua origem, assim como não refletir a relação dela para com a vida do homem. O texto expõe ainda que a eficiência das pesquisar, por serem mantidas de acordo com a decisão estatal sobre o que mais merecer ser incentivado, acaba sempre por priorizar interesses de grupos ao invés de focar no que é melhor para a população em geral. Além disso, a subordinação do conhecimento dificulta a identificação de novos meios para comprovar ou reavaliar as “verdades” já estabelecidas pela ciência. É identificada a falta de reflexão sobre os valores referentes à dignidade do homem. Ana Maria defende a obtenção de “verdades” que se relacionem ao sentido do eu e dele com a realidade, sem focar somente na finalidade técnica daquela ação ou instrução.

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