A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
Por: Denielson Pinheiro • 14/4/2015 • Resenha • 2.382 Palavras (10 Páginas) • 175 Visualizações
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ANA PAULA SILVA
DENIELCIO FIGUEIREDO PINHEIRO
PEDRO FERREIRA FERNANDES
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
ANANIDEUA-PA
2014
ANA PAULA SILVA
DENIELCIO FIGUEIREDO PINHEIRO
PEDRO FERREIRA FERNANDES JUNIOR
PROF: JOEL TORRES
EF4N2
KANT E SUAS CONCEPÇÕES DE HOMEM, EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A SOCIEDADE.
Trabalho apresentado como o requisito final de avaliação da disciplina Filosofia da Educação, do 4º semestre do curso de Educação Física da Esmac. Sobre a orientação do professor Joel Torres.
ANANIDEUA-PA
2014
KANT E SUAS CONCEPÇÕES DE HOMEM, EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A SOCIEDADE.
ANA PAULA SILVA
DENIELCIO FIGUEIREDO PINHEIRO
PEDRO FERREIRA FERNANDES JUNIOR
Palavras-Chaves: Educação – Kantiana – Homem
RESUMO
O referido texto pretende discutir sobre as idéias kantianas, destacando o aspecto crítico acerca do homem, da educação e das contribuições dentro do contexto da Educação Física, por meio da filosofia. Kant acredita que a liberdade humana é o elemento fundamental para construirmos uma sociedade justa, autônoma e esclarecida. Ele defende, como proposição primeira, a ideia de que todas as disposições naturais de uma criatura estão destinadas a um dia se desenvolver completamente e conforme um fim, por isso é categórico em dizer que o homem é a única criatura que precisa ser educada.
BIOGRAFIA DO AUTOR
Immanuel Kant (Königsberg, Prússia, 22 de Abril de 1724 - Königsberg, 12 de Fevereiro de 1804), filósofo alemão. Fundador da filosofia crítica. Kant nasceu, viveu e morreu em Konisberg, uma cidade da Prússia Oriental (Alemanha). Filho de um comerciante de descendência escocesa. Recebeu uma educação pietista. Frequentou a Universidade como estudante de filosofia e matemática. Dedicou-se ao ensino, vindo a desempenhar as funções de professor na Universidade de Konisberg. As obra de Kant pode ser dividida em dois períodos fundamentais: o pré-crítico e o critico.
O primeiro (até 1770) corresponde à filosofia dogmática, influenciada por Leibniz e Wolf, realiza importantes estudos na área das ciências naturais e da física de Newton. Entre as obras deste período, destaca-se a História Universal da Natureza e Teoria do Céu (1755), onde apresenta a célebre hipótese cosmológica da "nebulosa" para explicar a origem e evolução do nosso sistema solar. Mostra-se partidário da existência de vida em outros planetas, procura mostrar que Deus existe partindo da ordem e da beleza do universo.
INTRODUÇÃO
É um fato notório que o atual momento histórico, alicerçado pelas rápidas mudanças tecnológicas, bem como pelas alterações de valores e sistemas tradicionais em nossa sociedade, promove complexos problemas para todos aqueles que de certa forma se dedicam a pensar a atividade educacional sob um ponto de vista filosófico.
Em um contexto marcado pela forte globalização econômica e cultural, aliada a uma rede de informação de grande escala, que torna possível o conhecimento de problemas políticos e éticos de maneira instantânea, torna-se cada vez mais necessário refletir sobre os princípios de homem, de educação e da concepção de educação física, sobretudo com base em uma questão primordial: afinal, o que seria uma educação física numa concepção Kantiana? Noutros termos: qual deve ser a finalidade desta educação física nos tempos de hoje?
Certamente, a resposta a essa questão perpassa por várias áreas distintas do conhecimento. Todavia, é frequente a presença da necessidade de se formar cidadãos pensantes e críticos nas diretrizes educacionais e filosóficas. Em outras palavras, a formação ética e crítica que visa à disciplina e liberdade é um norteador reiterado em vários discursos sobre os objetivos educacionais. Decerto, em meio a uma sociedade que tem como uma das suas principais características o grande amparo tecnológico, aliado a uma vasta gama de informação, torna-se cada vez mais necessário que a educação física vise formar não somente sujeitos técnicos, mas também críticos, ou seja, autônomos intelectualmente e livres. É exatamente nesse ponto que alguns escritos de Immanuel Kant (1724-1804), clássico filósofo do Iluminismo, pode auxiliar na efetivação e na fundamentação de uma educação física que objetive a formação de um sujeito autônomo e livre. Assim sendo, o presente artigo buscará compreender como Kant entende a necessidade da educação física através educação prática (disciplina) pode tornar o homem livre e autônomo numa sociedade atual, escrava do corpo.
O HOMEM SEGUNDO KANT
O ponto de partida de Kant em seus argumentos a respeito do homem, da educação e educação física e seus elementos característicos, é a distinção (as diferenças) entre o animal e o homem dentro de uma concepção de disciplina. Um animal, diz ele, é por seu próprio instinto tudo aquilo que pode ser, há uma “razão” (motivo ou natureza) exterior que tomou por ele, antecipadamente, todos os cuidados precisos. Porém, o homem não é puro ou apenas instinto, ele apresenta em sua constituição uma (sua) porção sensível (instintiva, impulsiva, de inclinações) e racional – é também um ser dotado de razão (faculdade da razão, faculdade racional), por esse motivo, por não ser puro instinto, precisa formar (tem a necessidade de formar) por si o projeto de sua vida – sua conduta, seu comportamento, suas ações.
Por outro lado, por si só o homem não tem a capacidade imediata de realizá-lo, isso é, não apresenta (por si só), a capacidade de iniciar o processo de desenvolvimento de sua racionalidade, vale dizer, de sua Humanidade, é necessário mediações, ou seja, o auxílio do outro, o outro encontramos na educação conforme é pensada por Kant.
O primeiro passo (ou momento) para o alcance da humanidade está, precisamente, segundo Kant, em negar a selvageria, o que é possível mediante a disciplina. Na concepção de Kant, a selvageria, o puro instinto ou animalidade, consiste na independência de toda e qualquer lei; a disciplina, por sua vez, submete (é o início do processo) o homem às leis. Porém, importa dizer que não são quaisquer leis, antes, são as leis da humanidade, isto é, leis da sua própria humanidade – que, não perdendo de vista o conjunto do pensamento prático kantiano, nada mais são, senão, leis da liberdade. Nesse sentido, diz o filósofo:
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