A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO CURRÍCULO E PRÁTICA DOCENTE
Por: pufaprogas • 30/6/2020 • Trabalho acadêmico • 1.818 Palavras (8 Páginas) • 184 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
LICENCIATURA EM LETRAS INGLÊS
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURRÍCULO E PRÁTICA DOCENTE
MAIO/2020
- INTRODUÇÃO
Para assumir novas tarefas e responsabilidades, como membro da comunidade e agente de mudança no sistema social, o professor deve possuir novos conhecimentos, comportamentos e atitudes.
Deve atender às exigências colocadas pela sociedade atual e cumprir os novos papéis que lhe estão sendo destinados na formação de indivíduos aptos a enfrentar essa sociedade em rápida e contínua mudança.
O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre as relações de aprendizado existentes na sala de aula, utilizando os conhecimentos aprendidos nas aulas de Filosofia da Educação, por meio de relatório de entrevista realizada com professor atuante no segundo segmento do Ensino Fundamental.
A filosofia e a Educação são duas áreas que dialogam entre si. A filosofia é uma área de conhecimento e está dialogando em sua integralidade (totalmente) com outra grande área de conhecimento que é a Educação, mas as duas mantêm as suas especificidades.
A filosofia e a educação são por natureza projetos transversais, nos sentidos ético-político e epistemológico. Há, sem dúvida, um estilo de pensamento, um modo de conhecer, uma unidade paradigmática que envolve num único movimento o filosofar e o processo educacional. (PAVIANI, 2008, p. 13).
Filosofia e educação não se desvinculam e isso ocorre de forma natural. Podemos dizer ainda que o ato de filosofar é um processo educacional e que o processo educacional é um filosofar constante.
A educação ensina ao ser humano a desenvolver sua capacidade de viver em busca de um projeto de vida totalmente desvinculado do exercício da vontade, do desejo, enfim, das paixões, e em um mundo no qual reina “[...] o interesse particular e as paixões dos homens” (ROSSEAU, 1969, p. 857). Tal liberdade interior, é, sob o ponto de vista de Rosseau, a única liberdade autêntica.
Essas linhas ou tendências da educação brasileira, como são conhecidas, receberam atenção de muitos educadores e dentre eles destaca-se o prof. DR. Libâneo que sistematizou os períodos da forma como é apresentado abaixo.
Tendência liberal tradicional: são os conhecimentos e valores sociais acumulados pelas gerações adultas e repassados ao aluno como verdades. Tendência liberal renovada progressista ou Escola Nova: a aquisição do reconhecimento parte do interesse do aluno. Tendência liberal renovada não diretiva: O ensino tem a finalidade de propiciar aos estudantes os meios para buscarem por si mesmos os conhecimentos que, no entando, são dispensáveis. Tendência liberal tecnicista: são informações, princípios centíficos, leis etc., estabelecidos e ordenados numa sequência lógica e psicológica por especialistas. Tendência progressista libertadora: “temas geradores” são extraídos da problematização da prática de vida dos educandos. Tendência progressista libertária: as matérias são colocadas à disposição do aluno, mas não são exigidas. É um instrumento a mais, porque o importante é o conhecimento que resulta das experiências vividas pelo grupo, especialmente a vivência de mecanismos de participação crítica. Tendência progressista crítico-social dos conteúdos: são os conteúdos culturais universais que se constituíram em domínios de conhecimento relativamente autônomos, incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados em face às realidades sociais do prórpio aluno, com intervenção do professor. (LIBÂNEO, 1985, p. 39, grifo nosso).
Para o docente entrevistado, o ato de ensinar ultrapassa a simples ação de passar informações ou conhecimentos a outrem. Ensinar é levar o aluno ao pensamento reflexivo, participando do conhecimento a ser adquirido. Ou seja, o educando deve participar ativamente em todo o processo de aprendizagem, envolvendo-se nas discussões acerca do tema, realizando pesquisas, contribuindo no desenvolvimento e realização de atividades para que o conhecimento seja efetivamente adquirido.
Com base no conhecimento já adquirido pelo aluno, o professor trabalha com o propósito de aperfeiçoar esse conhecimento, levando sempre em conta a “bagagem” que esse aluno possui. Considerando também o meio social no qual ele está inserido, assim como seu conhecimento de mundo e sua formação cultural. Respeitar e ver o educando enquanto sujeito em seu processo de aprendizagem contribui para uma melhor aquisição dos conteúdos.
Desconhecer a realidade do educando e não considerar suas limitações, desprestigiar as demais áreas do conhecimento e refugiar-se no “Olimpo Filosófico” é fugir da responsabilidade de educador, como mediador do conhecimento e não exclusivo produtor.
Conforme Teresa Cristina Rego (1996, p. 98), estudando Vygotsky, “o desenvolvimento das funções psíquicas humanas (a produção de ideias, das representações, do pensamento, enfim, da consciência) está intimamente relacionada à atividade material e ao intercâmbio entre homens”.
De acordo com o professor, para que o processo ensino-aprendizagem ocorra de forma satisfatória e concreta cabe ao professor lançar mão de alguns saberes docentes, tais como: conhecer a matéria a ser ensinada; questionar as ideias docentes do “senso comum” sobre o ensino e aprendizagem; adquirir conhecimentos teóricos sobre a aprendizagem; saber analisar criticamente o ensino tradicional; saber preparar atividades que geram uma aprendizagem efetiva; saber dirigir o trabalho dos alunos; saber avaliar; adquirir a formação necessária para associar ensino e pesquisa didática; e, por fim, ser um professor reflexivo.
Embasado em princípios teórico-filosóficos
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
FREIRE, Madalena. Desafios do cotidiano pedagógico. Pátio Educação Infantil. Porto Alegre, v. 2, n. 4, p. 20-23, abr/jul. 2004. Entrevista concedida à Maria Lúcia Badejo
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Trad. Por Dirceu Accioly Lindoso e Rosa Maria Ribeiro da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.
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