A Filosofia do Renascimento
Seminário: A Filosofia do Renascimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: scda • 15/10/2013 • Seminário • 598 Palavras (3 Páginas) • 336 Visualizações
A Filosofia do Renascimento
A filosofia do Renascimento, marcada pelos extraordinários descobrimentos científicos e o
auge do humanismo, revelou em sua riqueza e variedade as grandes transformações culturais,
econômicas e sociais da época. Sua gradual autonomia em relação à teologia, favorecida pelas
guerras de religião e a consolidação dos estados nacionais, propiciou o surgimento de uma nova
atmosfera ideológica que se caracterizou pela crescente secularização e autonomia do saber.
O mundo renascentista, que não elaborou grandes sistemas metafísicos, estabeleceu as novas
questões e conceitos que determinariam o progresso da filosofia moderna mediante a indagação
de três temas fundamentais: a natureza, o homem e a sociedade.
A revolução científica foi sem dúvida o eixo central das novas concepções. Ao substituir o rígido
geocentrismo aristotélico-escolástico pela idéia de um universo aberto e plural, regido pelas leis
da mecânica e presidido pela ordem matemática, abriu a passagem "do mundo fechado para o
universo infinito" e abriu vastas possibilidades para o conhecimento. A síntese da observação e
da experimentação com a dedução matemática caracterizou a atitude científica do Renascimento,
que teve figuras geniais em Copérnico e Galileu, e alcançou seu ponto máximo no século XVII
graças ao "sistema do mundo" proposto por Isaac Newton. Uma postura mais especulativa,
baseada na idéia de homem como "microcosmo" e ponto de união entre deus e a realidade física,
distinguiu os chamados filósofos da natureza, que sofreram influência de doutrinas esotéricas
como a alquimia e a cabala.
A reflexão sobre o homem e seu lugar no novo mundo descrito pela ciência foi o ponto central
do heterogêneo grupo de pensadores chamados tradicionalmente de humanistas. Partilharam
a rejeição aos preceitos da escolástica, o desejo de recuperar e reorganizar os valores culturais
da antiguidade clássica e o interesse pela estética e a retórica. Dentro desses amplos limites
ideológicos, no entanto, os autores adotaram posturas muito diversas. Em linhas gerais
prevaleceram o humanismo cristão e a tendência à revalorização de Platão frente a Aristóteles,
mas prosperou também um pujante neo-aristotelismo, livre já de seus lastros medievais. No
domínio da moral, revitalizaram-se as escolas helenísticas inspiradas no estoicismo, no ceticismo
e no epicurismo.
A ruptura da ordem feudal criou a necessidade de estabelecer critérios adequados
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