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A Filosofia para crianças

Por:   •  4/6/2018  •  Artigo  •  497 Palavras (2 Páginas)  •  140 Visualizações

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Sobre Novos Modos de Filosofar

A partir dos anos 1980 novos modos de fazer filosofia foram se constituindo em âmbito internacional. A prática filosófica começou a sair do espaço formal da escola e da academia para se apresentar em bares, hospitais, presídios, etc. Este tipo de inovação foi muito criticado pelos defensores de uma filosofia tradicional ou clássica.

Antes destas práticas filosóficas inovadoras, houve uma primeira proposta, que se mostrou como um diferencial do modo clássico de fazer filosofia: a filosofia para crianças de Matthew Lipman, em 1969. Muitos filósofos criticam ainda hoje a idéia de um filosofar que seja praticado por todos, principalmente as crianças.

Depois de Lipman, podemos destacar outras novidades. Por exemplo, em 1981 a Filosofia Clínica ou Consultório Filosófico de Gerd Achenbach, filósofo alemão que inaugurou o que ele chamou de Filosofia Prática, e tratava basicamente de receber um “convidado” no seu gabinete de consulta filosófica.

Em 1991, a história da Filosofia foi escrita de um modo diferente, em forma de romance no livro O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder.

Depois em 1992, o filósofo francês Marc Sautet (1947-1998) começou a organizar encontros filosóficos nos Cafés de Paris, os Cafés Filosóficos. Esses encontros deram origem a um movimento conhecido como “Um Café para Sócrates”, que mais tarde foi publicado com o mesmo nome em forma de livro. Sautet acreditava que o diálogo seria capaz de estimular a liberdade de expressão. Mais tarde ele começou a realizar também consultas filosóficas.

Em 2006, um colóquio da UNESCO teve como tema as “Novas Práticas Filosóficas”. Brenifier, filósofo que propôs ateliês de filosofia e trabalha com filosofia para crianças, considera que modificações ocorreram no percurso ocidental, mas se tratam de tendências sociológicas que nos conduzem à mundialização econômica e cultural. Ele dedicou-se à prática filosófica (tendência a ver a filosofia como prática).

Muitos filósofos mais tradicionais não reconhecem nem legitimam estes lugares novos. E estas práticas que têm em comum algo de suas orientações, suas perspectivas, suas sensibilidades:

  1. Em primeiro lugar, estas práticas todas defendem o exercício do diálogo, e a importância da presença efetiva do outro. Isto se opõe à visão mais monológica da filosofia, do pensador ou mestre meditando na solidão, ou do mestre discorrendo frente a um auditório;
  2. Derivando do primeiro, é a importância do questionamento, pois trata-se, teoricamente, de descobrir o que pensa o outro, ou de tornar-se outro para si mesmo, ou seja, problematizar antes de tentar sustentar uma tese;
  3. Ligada ao diálogo, a presença de uma subjetividade, de um sujeito real, em oposição à articulação de um discurso que se funda em uma realidade objetiva;
  4. A defesa de um “pensar por si-mesmo”, um rejeitar marcado do argumento da autoridade, trazido por autores consagrados.
  5. Ideal democrático, uma crítica do elitismo, recusando a ideia de que uns seriam autorizadas que outros a pensar, ou teriam mais legitimidade ou capacidade de pensar.

Outras versões da filosofia fora dos muros acadêmicos foram sendo criadas mundo a fora: as oficinas de filosofia, Filojoada, Buteco da Filosofia, Caminhada filosófica, Chimarrão filosófico, entre outros.

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