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A Filosofia é Ética

Por:   •  29/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.051 Palavras (5 Páginas)  •  183 Visualizações

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1. Explique os conceitos de estado de natureza e contrato social, em Hobbes. Por que ele é um absolutista?  

De acordo com Hobbes estado de natureza é o momento antes do ”pacto”, onde os homens viviam em um estado de guerra, ou seja um estado de conflitos, embates, discussões... tendo o homem sempre que lutar para ter algo e atacar visando proteger seus interesses, a fim de que permanecessem intactos, vivendo em um estado de terror e medo e com a única certeza de uma morte violenta, fazendo justiça com as próprias mãos, onde prevalecia a lei do mais forte. Era um estado de conflito geral entre os homens. 

Pela visão de Hobbes a humanidade possuía uma essência cruel e má, pensando somente em si por natureza, sendo incapaz de viver em uma sociedade, isto é partilhando do mesmo espaço.

 

Contrato social com o conceito de contratualismo onde estabelece leis e regras para manter a ordem e evitar a violência em uma sociedade seria um “pacto” criado entre as pessoas onde transferiam o poder de agir e decidir entre a vida e a morte para um legislador/soberano/Rei mais que visava a própria proteção, considerando que nenhum ser humano poderia tomar a atitudes contra outro, renunciando parte de sua liberdade original no intuito de haver uma respeito mutuo ou seja, respeitando ao contrato social, podendo assim viver em uma sociedade equilibrada em estado de paz. 

As decisões adotadas pelo Soberano não podiam ser contestadas com o intuito de que não pudessem prosseguir com a situação anterior citada, gerando caos, comprometendo a segurança e vida. As atitudes do soberano era legítima desde que a motivação seja a proteção do estado, sendo elas violentas ou não para sua preservação, não podendo ser julgado pelas atitudes tomadas. 

Por fim, cabe esclarecer o que entende-se por  absolutismo, sendo o poder absoluto nas mãos dos monarcas, tendo como características:

  • Poder centralizado nas mãos do rei;
  • O Rei poderia interferir em assuntos religiosos;
  • O poder absoluto era transmitido de forma hereditária;
  • Os reis faziam as próprias leis;

  Assim sendo, podemos dizer que Hobbes defendia o absolutismo no intuito de acabar com o estado de natureza dos homens de fazer com que pudessem viver em uma sociedade.  

  

2. Mostre as diferenças de Locke em relação a Hobbes nas concepções de estado de natureza e contrato social. O que Locke diz sobre o trabalho e sobre a tolerância religiosa? 

 Para John Locke os homens possuíam naturalmente seus direitos naturais, ou seja, coisas que já nascem com o próprio homem, promessas que tinham que ser cumpridas e que cada um já tinha o direto a sua vida e aos frutos do seu trabalho, não vendo a humanidade como mal. O estado de natureza era dado aos seres humanos por Deus, que indicavam, e bem, como se deveriam agir e como não agir. Diferentemente de Hobbes que via “o homem como o lobo do próprio homem”, ou seja, o homem era seu próprio mal, esse era seu estado de natureza. 

Locke visava o contrato social apenas para proteger, melhorar e garantir os direitos naturais. O pacto formaria somente, o Soberano, com o consentimento dos cidadãos, os quais não se abdicam de nenhum de seus diretos que tem por seres humanos. O Soberano vinha somente para melhor vigir as leis, estando sob controle dos contratantes, o qual deveria seguir as leis feitas por eles e não podendo  quebra-las, a fim de não perder sua legitimidade, se o fizer. 

O principal motivo para a entrada dos homens no estado político seria a preservação da propriedade de ataques externos. Por propriedade, para Locke, não entende se somente bens que alguns possuem, mais diz também “trabalho do seu corpo e a obra de suas mãos”. 

Já para Hobbes, no contrato social os contratantes, passam todas as suas liberdades naturais para as mãos do Soberando, sendo ele a autoridade máxima, não sendo permitido julgar ou contestar qualquer ato imposto por ele, com o intuito de não retornar ao estado de guerra. 

O trabalho seria o ato em que dá o direito à propriedade. O homem ao trabalhar em uma proporção de terra e retira-la do estado comum de natureza, fixa sua propriedade por direito e a separa do comum.

Segundo locke a função da religião e apenas e tão somente a ajudar a salvar a alma de cada indivíduo, sendo assim propôs que todas as crenças religiosas que não atentassem diretamente contra a existência do estado deveriam ser toleradas. Assim o estado deve tolerar a religião não intervindo nem mesmo naquelas que não fossem cristãs.

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