A Primeira República. GHIRARDELLI JR, Paulo. Filosofia E História Da Educação Brasileira. São Paulo, Manole, 2003.
Trabalho Universitário: A Primeira República. GHIRARDELLI JR, Paulo. Filosofia E História Da Educação Brasileira. São Paulo, Manole, 2003.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fernandatamaara • 14/10/2014 • 1.015 Palavras (5 Páginas) • 832 Visualizações
Referência A Primeira República. GHIRARDELLI JR, Paulo. Filosofia e História da Educação Brasileira. São Paulo, Manole, 2003.
Resumo
A primeira República se instaurou como um movimento militar com apoio variado de setores da economia cafeeira que até então estavam descontentes, principalmente pelo fato de o Império deixar a desejar quanto à proteção dos chamados barões do café e outros grupos regionais. O Império não conseguiu sobreviver a um modo de vida que parecia nada ter a ver mais com ele, isso significa dizer a adoção do trabalho assalariado, a remodelação material do país, incluindo rede telegráfica, portos, ferrovias, a absorção de ideias mais democráticas vindas do exterior etc.
Mesmo não sendo uma grande conquista popular, o fato é que o novo regime trouxe ganhos democráticos: desapareceu o Poder Moderador do Imperador, foi o fim do voto censitário, os títulos de nobreza terminaram e houve certa descentralização de poder. Em consequência disto veio a urbanização do país, e os grupos que estiveram junto com os militares na idealização e construção do novo regime vieram de setores sociais que privilegiavam, de certo modo, as carreiras de trabalho não braçal, ou seja, eram profissionais que dependiam de uma escolarização.
Surge assim a necessidade de abertura de escolas e o aperfeiçoamento das mesmas, necessidade essa que deu origem a dois movimentos durante a Primeira República, chamados de “entusiasmo pela educação” e “otimismo pedagógico”, onde estes se alternaram durante a época citada.
O “entusiasmo pela educação” era um movimento quantitativo, que solicitava a abertura de escolas. Já o “otimismo pedagógico” tinha um cunho qualitativo, uma vez que se preocupava com os métodos e os conteúdos de ensino.
O entusiasmo pela educação se deu no inicio da República, e se repetiu por volta da Primeira Guerra Mundial, associado então ao trabalho das Ligas Nacionalistas, entidades que surgiram por conta da guerra e que, ao incentivarem o patriotismo e ao se darem conta de que o país possuía centros de industrialização crescentes que pediam nova forma de vida fizeram pressão no sentido da escolarização.
Os dados da época mostravam que 75% ou mais da nossa população em idade escolar era analfabeta, assim muitos viam como se a República não tivesse o ensino público como prioridade.
Influenciados pelo contexto norte-americano, absorvemos, ou começamos a absorver de modo
mais intenso, a literatura pedagógica deles. Esta literatura foi, em parte, o conteúdo do movimento do “otimismo pedagógico”. Não era apenas a abertura de escolas que queríamos, mas, como diziam os livros que nos chegavam, era preciso também alterar nossa pedagogia, nossa arquitetura escolar, nossa relação de ensino-aprendizagem, nossa forma de administrar as escolas e a educação em geral, nossas formas de avaliação, nossa psicopedagogia.
Percebendo a necessidade de uma metodologia mais moderna, uma vez que a pedagogia da época era um misto da pedagogia formalizada pelo alemão Johann Friedrich Herbart com a pedagogia que vigorou no passado com a Companhia de Jesus, novas metodologias de ensino entraram em foco.
Com os olhos voltados para a educação nova, era possível ler livros de autores norte-americanos e europeus em geral, em especial, o filósofo norte-americano John Dewey que, em 1896, nos Estados Unidos, criou a University Elementary School, acoplada à Universidade de Chicago, como um campo experimental da “educação nova” ou “pedagogia nova” ou, ainda, a “pedagogia da escola nova”. No mesmo segmento, em meados dos anos 1920 já tínhamos relatos de autores brasileiros sobre a escola nova, como por exemplo, Lourenço Filho que publicou o livro Introdução ao Estudo da Escola Nova, publicado pela primeira vez em 1929 e que, depois, se tornou um clássico da literatura pedagógica brasileira.
Tiveram também experiências de ensino com metodologias diferentes da escola nova, como a influência da literatura pedagógica do espanhol Francisco Ferrer y Guardia (1859-1904), que
motivou
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