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A Problemática de Descartes

Por:   •  25/11/2019  •  Abstract  •  370 Palavras (2 Páginas)  •  144 Visualizações

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Um aspecto de grande importância na filosofia de Descartes é o método por ele utilizado, que busca chegar à conquista de verdades, que constituirão a base para fundar um edifício epistemológico. Para ele a única coisa que realmente pode ser considerada verdadeira é o pensamento, visto que todo pensamento por si só prova sua existência, ou seja, mesmo que uma pessoa duvide que o pensamento exista, essa sua dúvida já é um pensamento. Essa proposição de Descartes fez surgir sua célebre frase: “Penso, logo existo”

A Res Cogitans2 cartesiana, ou seja, a coisa pensante é o ponto inicial para todo e qualquer conhecimento. É a partir da conquista da primeira verdade clara e distinta, o Cogito (ato de duvidar que se relaciona ao ato de pensar),  que Descartes parte para a conquista de novas verdades, da existência do mundo corpóreo e de Deus. Dessa forma, o pensamento é estabelecido como fundamento da certeza da nossa existência e mesmo supondo a existência de um gênio maligno que levasse a mente humana a criação de ideias que não fossem reais, tanto em aspectos físicos, quanto as sapiências -como conhecimentos matemáticos, etc-,  não se pode duvidar de que esteja duvidando. Pois toda dúvida evidencia ao menos uma certeza: a existência do “eu” que duvida. O “eu” é a condição de possibilidade de qualquer dúvida.

Portanto, Descartes ao aplicar a dúvida metódica, assumiu a existência do cogito, isto é, da sua existência como ser pensante. Contudo, levantava-se a questão de existência do mundo que o rodeava. Ao negar o valor dos sentidos como forma de acesso ao conhecimento verdadeiro, a existência de corpos físicos é dubitável perante a situação.

O pensamento humano é imperfeito, mas somente pode ter sido criado por um ser perfeito que é Deus. Assim, o filósofo aceitava que Deus foi o responsável pela criação do  mundo, e julgava que a existência dele seria a garantia e suporte de todas as outras verdades. Mas, como saber se Deus existe ou não? Como provar a sua existência se apenas podia ter a certeza da existência do cogito?

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTISERI et al. História da Filosofia: do humanismo a descartes. 3. ed. [S.l.: s.n.], 2004        https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/cogito-ergo-sum-compreendendo-as-meditacoes-sobre-filosofia-primeira-rene-descartes.htm

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