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A RELAÇÃO ENTRE O SENSO E A CIÊNCIA

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Por:   •  20/2/2015  •  908 Palavras (4 Páginas)  •  234 Visualizações

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A ideia principal de Rubem Alves, não é a definição, como por exemplo, o que é senso comum, mas principalmente relacioná-lo com a ciência, descrevendo o encontro funcional da ciência e do senso comum no dia a dia. Por exemplo, ele diz que ciência “não é uma forma de conhecimento diferente do senso comum. Não é um novo órgão. Apenas uma especialização de certos órgãos e um controle disciplinado de seu uso.” (ALVES, 1981, p. 10). Com esta explicação, o autor quer nos comunicar sobre a especialização, que transforma o cientista em mito, quando nos faz acreditar que é obrigação do cientista pensar, tirando do ser humano ”comum” o dever de pensar, colocando sobre os ombros daqueles que são supostamente superiores aos demais, o que cria o mito de que “o cientista é uma pessoa que pensa melhor do que as outras”, diznos Alves (1981, p. 8). Com relação ao mito, que segundo Abbgnodato (2014), “na antiguidade, o mito é considerado um produto inferior ou deformado da atividade intelectual”. Pensando a partir desta definição, quando Alves (1981, p. 8) diz que “antes de qualquer coisa, é necessário acabar com o mito de que o cientista é uma pessoa que pensa melhor do que as outras”, nos remete á definição de Abbgnodato, quando este pensamento nos leva de fato a condição de “pensamento deformado da atividade intelectual”, quando se torna desnecessária a atividade de pensar, uma vez que está sob a responsabilidade dos cientistas a maneira correta de pensar e da pessoa comum, a de obedecer. Segundo Alves (1981, p.8), a especialização é considerada um semideus, um ídolo da ciência, onde incorre no perigo de enxergar as coisas somente sob o ponto de vista da sua “especialidade”, desconsiderando as demais, uma vez que o especialista nada mais é do que aquele que olha com profundidade para o seu foco, tornado desfocado e quase surdo para a audição geral, o que pode transformar-se numa perigosa fraqueza, diz ainda. Então o que o autor deseja, é que seus leitores entendam que “a ciência é uma especialização, um refinamento de potencia comum a todos”, ou seja, não há nada de novo, não é um surgimento de algo novo, é apenas a potencialização de algo que já existe, e com isso ele usa o exemplo do telescópio e do microscópio, quando relaciona a potencialização da visão que não ocorre sem o objeto primeiro, que são os olhos. Para que serviria estes instrumentos se o indivíduo que o usa fosse cego? Então não há nada de novo, mas há potencialização apenas.

Quanto ao termo senso comum, o autor nos diz que “foi criado por pessoas que se julgam acima do senso comum, como uma forma de se diferenciarem das pessoas que, segundo seu critério, são intelectualmente inferiores” (ALVES, 1981, p.9), e esta definição é referente às pessoas que não passaram por um treinamento científico. Sem querer definir, o autor ainda diz que senso comum “é aquilo que não é ciência e isto inclui todas as receitas para o dia-a-dia, bem como suas ideias e esperanças que constituem a capa do livro de receita” e ciência, diz ele, “não é uma forma de conhecimento diferente do senso comum. Não é um novo órgão. Apenas uma especialização de certo órgão e um controle disciplinado do seu uso”. Para entender melhor seu ponto de vista, o autor considera vários eventos da vida diária que nos levam a reflexão, os quais facilitam o entendimento da

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