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A Segunda Meditação Metafísica De René Descartes

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Por:   •  13/12/2014  •  449 Palavras (2 Páginas)  •  1.212 Visualizações

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Meditação Segunda: Da natureza do espírito humano e de que ele é mais fácil de conhecer do que o corpo

"Para Descartes, alma é sinônimo de pensamento ou de espírito: "Sou uma substância cuja essência toda ou a natureza não é outra senão a de pensar." Depois de instituir o cogito como verdade primeira, Descartes conclui: "A proposição `Eu existo' é necessariamente verdadeira todas as vezes que a pronuncio ou que a concebo em meu espírito. De sorte que eu, quer dizer, a alma, pela qual sou o que sou, é inteira-mente distinta do corpo." Mas quem sou eu, quando duvido? Uma coisa que pensa, uma res cogitans, uma mente (mens). Assim se funda a distinção da alma (imortal) e do corpo (parte da res extensa)."

JAPIASSU, H. e MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editores, 2001.

1. Cogito - Descartes chega a um ponto em que não sabe mais o que pode ser certo, já que havia posto tudo em dúvida. A única coisa que tem certeza é de que está alí questionando, pensando. E mesmo que o Gênio Maligno pudesse estar o enganando quanto ao seu corpo, jamais poderia fazer com que ele fosse nada enquanto estivesse a pensar em alguma coisa: "Eu sou, eu existo".

2. Res cogitans - São ideias puras e inatas, que independem da experiência. São ditas como verdadeiras, claras e distintas, já que vem da percepção do espírito e do pensamento racional, que é constituído pelos atos de duvidar, conceber, afirmar, negar, querer, não querer, imaginar, sentir, etc. São coisas que pertencem a sua natureza.

3. Res extensa - São ideias empíricas, adquiridas através da experiência com o meio. São coisas corporais percebidas através dos sentidos, por isso podendo ser consideradas ideias flexíveis, mutáveis e turvas, ou seja, falsas, pois já foi concluído que as sensações são enganosas.

4. Imaginação - Ideias que são um rearranjo das ideias empíricas, podendo não corresponder com a realidade. E mesmo que a imaginação conceba diversas formas de perceber a res extensa, a distinguimos da realidade através do entendimento.

5. A relações entre as ideias - Descartes propõe que o pensamento da res cogitans é verdadeiro e, portanto, indubitável. Já a res extensa ele diz não ter certeza da sua veracidade, porém que, se a percebemos e pensamos sobre a mesma, é fato de que existimos. No entanto, não é óbvio que um corpo da res extensa exista, pois pode estar sendo enganado pelos sentidos ou pela imaginação. Conclui-se assim que é muito mais prático conceber a existência do espírito do que a do corpo, já que o último pode ser iludido pelos sentidos e pela imaginação, tendo que apelar, enfim, para o conhecimento do entendimento e pensamento.

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