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A Teoria Do Conhecimento Na Idade Moderna

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Por:   •  19/5/2013  •  322 Palavras (2 Páginas)  •  5.656 Visualizações

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A teoria do conhecimento na Idade Moderna

Da Antigüidade até o início do Re¬nascimento, embora tenham surgido várias teorias a respeito de como se efe¬tua o conhecimento, não há discordân¬cia sobre a possibilidade de o homem conhecer o real. Do ponto de vista epistemológico, esta é a posição realista, em que os objetos correspondem plena¬mente ao conteúdo da percepção.

O Renascimento, entretanto, vai tra¬zer grandes modificações, dentre as quais vale destacar:

• a separação entre fé e razão, que vai levar ao desenvolvimento do méto¬do científico para o estudo das ciências naturais;

• o antropocentrismo, que estabele¬ce a razão humana como fundamento do saber;

• o interesse pelo saber ativo, em oposição ao saber contemplativo, que leva à transformação da natureza e ao desenvolvimento das técnicas.

No rastro dessas mudanças, os pen¬sadores do século XVII abordam a te¬mática do conhecimento de modo in¬teiramente novo, colocando em ques¬tão a própria possibilidade do conhe¬cimento. Não se trata mais de saber qual é o objeto conhecido. Deve-se, agora, indagar sobre o sujeito do conhe¬cimento: quais as possibilidades de en¬gano e acerto? quais os métodos que podemos utilizar para garantir que o co¬nhecimento seja verdadeiro?

As respostas a essas indagações dão origem a duas correntes filosóficas dia-metralmente opostas, a saber, o racionalismo e o empirismo.

O racionalismo

O principal representante do racio¬nalismo no século XVII é o francês René Descartes, que, descontente com os erros e ilusões dos sentidos, procura o fundamento do verdadeiro conheci¬mento. Assim, estabelece a dúvida co¬mo método de pensamento rigoroso. Duvida de tudo que lhe chega através dos sentidos, duvida de todas as idéias que se apresentam como verdadeiras. À medida que duvida, porém, desco¬bre que mantém a capacidade de pen¬sar. Por essa via, estabelece a primeira verdade que não pode ser colocada em dúvida: se duvido, penso, se penso, existo, embora esse existir não seja fí-sico. Existo enquanto ser pensante (su¬jeito ou consciência) que é capaz de du¬vidar. Formula esta descoberta em uma frase muito conhecida: Penso, logo existo.

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