A Teórica de lewis morgan

A teoria de lewis morgan

Apesar de estarem convictos de que o progresso só podia acontecer num sentido, sendo o europeu o civilizado e os novos povos os atrasados, os adeptos da teoria evolucionista sabiam  também a que isso partia da ideia de progresso, principalmente aquele atrelado a tecnologia.

É daí que surge o etnocentrismo, o encontro dos povos europeus com populações ocidentais resultou numa nova teoria sobre a historia da humanidade e justificou-se assim a questão da dominação europeia.

Lewis henry Morgan observou e relatou que as sociedades ocidentais se apresentavam hierarquizadas e organizadas além do progresso tecnológico, uma vez que seu estado se organizava considerando a existência da propriedade privada e as relações de parentesco, que forma um sistema hierárquico, onde os papeis são bem específicos.

 No entanto, nem todas as sociedades utilizam o sistema de parentesco para estruturar-se, uma vez que nesse sistema inexiste a propriedade privada da terra. As teorias antropológicas delimitaram a linha de evolução e a noção de progresso a partir da existência da propriedade provada da terra e da presença do Estado.

O neocolonialismo dos séculos XIX e XX, se baseava nas teorias evolutivas. Assim as nações capitalistas tomaram conta de territórios ao longo da África e Ásia, considerando-se mais evoluídas para tal ação.

A partir do século XX, as teorias evolucionistas começaram a ser revistas, pois acreditava-se que elas partiram de um princípio de valores e critérios próprios de cada sociedade e tal argumento não poderia ser usado para generalizar todas as sociedades.

A partir daí, vários antropólogos, como Mercio Pereira Gomes começaram a estudas a vida dos indígenas, com a preocupação que o avanço da vida capitalista extinguisse de vez essas sociedades. O que se observou foi que, ao longo do século XX , muitas dessas sociedades passaram a se organizar para defender seus direitos, bem como, saber lidar com a sociedade capitalista.

O antropólogo americano MArshal Sahlins afirma,  que os povos indígenas se utilizam da tecnologia criada pela sociedade ocidental, estabelecendo suas próprias regras de utilização, e é isso que faz com que consigam manter sua herança cultural e ao mesmo tempo estarem inseridos numa sociedade modernizada.

Strauss ao longo de seus estudos e observações desenvolveu um método de analise chamado de estruturalismo, através do qual pesquisou a complexidade dos mitos oriundos várias populações diferentes, descobrindo assim aquilo que chamou de pensamento ameríndio. Seus estudos demonstram que  os mitos vem de um pensamento rebuscado e complexo e promovem a passagem de um estado de natureza para o de cultura . Dessa forma Strauss criou a chamada antropologia estruturalista.

Essas mudanças evolutivas, não foram diferentes com os povos indígenas do Brasil. Por aqui muito mudou para eles. Partindo do momento da chegada dos portugueses ao país, da escravização dos indígenas, até os dias atuais, o que se percebe é que essa população, independente da raça, sofreu muitas perdas com a dominação portuguesa.

No século XIX com a dominação escravistas dos africanos, o trabalho indígena foi deixado de lado, mas a dominação no sentido de catequisar e impor uma religião única a eles continuou, essas e outras ações dizimaram uma parte da cultura indígena, que atualmente luta para se manter viva e respeita.