A eliminação da metafísica pela linguagem
Por: Gustavo Aguera • 12/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.023 Palavras (5 Páginas) • 342 Visualizações
Pontifícia Universidade Católica do Paraná[pic 1]
Câmpus Maringá
Curso de Filosofia
Disciplina: Epistemologia
Prof. José Aparecido Pereira
Estudante: Gustavo Henrique Apoloni Aguera
Estudante: Rafael Xavier da Silva
ESCOLA DE HUMANIDADES
EPISTEMOLOGIA
A ELIMINAÇÃO DA METAFÍSICA POR MEIO DA ANÁLISE LÓGICA DA LINGUAGEM
Rudolf Carnap
Texto dissertativo acerca do artigo do filósofo Rudolf Carnap sobre a eliminação da metafísica por meio da análise lógica da linguagem.
Rudolf Carnap, membro do Círculo de Viena, buscou esclarecer em sua lógica a eliminação da metafísica, o autor buscou dar um novo sentido à questão da verdade e justificação da própria, assim, desse modo, o sentido da linguagem foi explorado em seu máximo e Carnap alega que o significado está estritamente associado ao domínio da ciência empírica, porém os enunciados metafísicos não preenchem este requisito, assim afirma que são sem significados e não constituiu um enunciado, pois questiona-la torna-se estéril e dependente de algo que não se encaixa no contexto físico e visível do nosso mundo. Buscaremos, dessa forma, analisar o conceito de linguagem e de sua lógica e tratar, para não dizer questionar, o conceito apresentado pelo autor da não existência da metafísica por meio da linguagem.
A linguagem para ser bem recebida deve passar por um critério de sintaxe, ou seja, deve ter relação de sentido e significados, além de regras que consiste em sua boa formulação. O filósofo apresenta dois tipos de pseudo-enunciados, o primeiro é aquele que contém uma palavra e acreditamos de forma equivocada que existe um significado, os da metafísica, por exemplo, e o segundo as palavras são significativas, que pertencem ao real, ao analisar o conjunto pertencente a esses pseudo-enunciados, percebemos que eles se encontram na metafísica e logo não podem ser empíricos. Uma palavra tem conceitos que levam a um significado que na verdade não existe assim sem um significado existente a palavra poderia em si não ter valor, porém pelo fato de possuir um conceito ela perde seu sentido inicial, ou seja, como se lê, e tem dessa forma a alteração de seu significado. Porém esta perda de sentido está estritamente associada à sintaxe, já dita anteriormente, mas analisando percebemos que a palavra existe e depende de si, sem a necessidade de uma sintaxe que a formule dando um sentido que pertença ao nosso mundo. Ao analisarmos o conceito de sintaxe pelo seu significado de hoje, percebemos que está estritamente voltado para a análise de elementos da frase, ao qual possui relações, tanto de ordem quanto de concordância e lógica, assim nos prendemos apenas as palavras que estão fortemente baseadas em uma boa sintaxe. O autor ainda diz que uma palavra para adquirir significado deve possuir atributos, uma sequencia que dê um caráter de atributos a ela, mas assim limita-se a aplicação de uma palavra, pois retira totalmente a liberdade de um indivíduo de usar uma palavra que não pertença ao significado estabelecido.
A principal fonte de palavras que perdem seu significado, segundo Carnap, são as palavras de origem metafísica, e desse modo, inicia sua crítica a próprio por meio da linguagem, assim como todos os demais membros do Círculo de Viena, que buscavam levantar elementos que destruiria a metafísica. Parecem que a dependência de sintaxe pode tornar essas palavras apenas um amontoados de letras que não tem relação com algo que conhecemos. Do mesmo modo que o autor trás no texto, podemos nós também analisar a palavra “Deus”, que segundo ele é um conceito metafísico que excede a experiência, logo é algo que não pertence à exigência ao qual tratamos e assim ela perde seu significado. Não existe serem físicos que podemos associar a palavra “Deus” em si, e a palavra depende de algo empírico para poder tomar força e molde, assim “Deus” não está associado a algo que conhecemos, mas sim a algo que apenas sentimos logo a palavra existe em si, mas não possui significado associativo. O mesmo acontece com outras palavras que pertencem a este gênero metafísico, tais como pensamento, o infinito, o absoluto ou quem sabe até o ar, que é algo invisível que me causa sensações.
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