A politica - Aristoteles

O autor inicia sua obra no 1º livro, tratando a respeito da cidade e de seus elementos construtivos, onde mostra as formas diferentes de autoridade existentes na sociedade da época.

Capitulo 1

A respeito da cidade, o autor diz que “a cidade é como uma associação, e que qualquer associação é formada tendo em vista algum bem, pois o homem luta apenas pelo o que ele considera um bem”. O autor também ressalta que o homem é por natureza um animal social, e, dentre os animais, o homem é o único que possui o dom da fala. Na verdade, a simples voz pode indicar a dor e o prazer, e os outros animais a possuem, mas a fala tem a finalidade de indicar o conveniente e o nocivo, e, portanto, também, o justo e o injusto. A característica do homem em comparação com os outros animais é que somente ele tem o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto. E é a comunidade de seres com tal sentimento que constitui a família e a cidade.

Capitulo 2

Sobre os elementos construtivos da cidade, o autor mostra sua visão hierárquica da sociedade. O autor ressalta que “alguns seres, quando nascem, estão destinados a obedecer, outros a mandar.” E “aquele que a si mesmo não pertence, porem pertence a outro, e, contudo, é um homem, esse é naturalmente um escravo”. O autor define as pessoas pelas funções sociais, onde a mulher e o escravo possuem valor inferior na sociedade. A mulher seria a procriadora e o escravo o trabalhador. “A intenção da natureza é fazer também os corpos dos homens livre e dos escravos diferentes. Os escravos fortes para as atividades servis e os livres, eretos, incapazes para tais atividades, mas aptos para a vida de cidadão.”

Capitulo 3

Sobre as riquezas, o autor diz que “há muitas espécies de gêneros alimentícios e há, portanto, modos de vida diferentes... Os mais indolentes são nômades que obtêm alimentos a custa de animais domésticos... outros homens vivem de caça, e povos diferentes vivem de tipos diferentes de caça... a maior parte dos homens, porém, vive da terra e dos frutos de seu cultivo”. São estes todos os modos de vida existentes entre os homens que não obtém seu alimento através do comercio. “Na comunidade primitiva, ou seja, a família, não havia lugar para o comercio, que só aparece quando as comunidades se tornam mais numerosas”. Os membros da comunidade primitiva costumavam partilhar os produtos que tinham, com isso originou-se a arte de comerciar. O autor diz que “daí emergiu a ideia de que a arte de enriquecer está especialmente vinculada ao dinheiro... e que a riqueza consiste em grande quantidade de dinheiro, pois é com o dinheiro que se fazem os negócios e o comércio”.

Capitulo 4

No capitulo três, o autor define o aspecto cientifico do assunto, e no capitulo quatro, discute o ponto de vista pratico. “Na pratica, os ramos da arte de enriquecer são, primeiro, um conhecimento especializado daquilo que se possui, do que é mais vantajoso, e onde e em que condições a vantagem é maior... Do que se trata da permuta, o ramo mais importante é o comercio, com suas três subdivisões: a navegação, o transporte terrestre e a venda. O segundo ramo é o empréstimo de dinheiro e o terceiro é o trabalho assalariado, do qual uma das subdivisões é a dos artífices e a outra é a dos serventes e trabalhadores braçais”.