A Política - Aristóteles
Artigos Científicos: A Política - Aristóteles. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pris_2901 • 12/10/2014 • 11.339 Palavras (46 Páginas) • 680 Visualizações
POLÍTICA
ARISTÓTELES
CURSO DE DIREITO
ÍNDICE
Introdução
1) Livro I – Do Governo Doméstico
Do senhor e do escravo
Da propriedade e dos meios de adquiri-la
Dos poderes marital e paternal
2) Livro II – Do cidadão e da cidade
Do cidadão
Da finalidade do Estado
Da Eugenia e da educação
Das dimensões e da localização da cidade
Das funções e das classes sociais
3) Livro III – Das diversas formas de Governo
Conclusão
Referências Bibliográficas
INTRODUÇÃO
Estado é uma sociedade, voltada para o bem de todos é uma sociedade política.
O poder do rei e de um magistrado da República se diferencia do poder de um pai de família.
A distinção seria que um rei governa sozinho perpetuamente, enquanto que um magistrado de República comanda e obedece alternadamente, em virtude da Constituição.
Aristóteles diz que tudo isso é errado dizer, e ele utilizará um método para examinar a questão. Então, irá decompor os elementos do Estado, e examinar cada um deles para chegar a conclusões.
A Política de Aristóteles, embora talvez surpreendentemente, é um dos grandes clássicos da filosofia política, e em que pulsa o gênio aristotélico da apreensão global de uma realidade, foi nesta sua obra genuína que o filósofo verteu o essencial de mais de quarenta anos de investigações que repercutem a sua concepção ampla de ciência política como filosofia das coisas humanas.
LIVRO I
DO GOVERNO DOMÉSTICO
DO SENHOR E DO ESCRAVO
Os Estados são formados de famílias, este é o governo doméstico.
Uma família completamente organizada compõe-se de escravos e de pessoas livres.
Chamaremos despotismo o poder do senhor sobre o escravo, marital, o do marido sobre a mulher, paternal, o do pai sobre os filhos (dois poderes para os quais o grego não tem substantivos).
Alguns fazem também entrar o econômico a parte relativa aos bens que compõem o patrimônio das famílias e aos meios de adquiri-los.
Trata-se até, segundo outros, do elemento principal.
Econômico (para Aristóteles é também parte do governo doméstico e para outros autores é primordial).
Essa expressão econômica, segundo notas do tradutor se refere a:
1 – relação entre marido e mulher;
2 – relação entre senhor e escravo;
3 – relação entre pai e filhos;
4 – bens e patrimônios da família. Coisa materiais e sustento da família.
O Poder do Senhor ou Depotismo
Para outros autores a escravidão é injusta, como um puro efeito da violência.
Aristóteles, parte da questão econômica, de que para vivermos temos que ter pelo menos o necessário para sobrevivência. Assim como os bens fazem parte da casa, os meios de adquiri-los deve ser do governo doméstico. Para conseguir são necessários dois tipos de instrumentos: uns inanimados, outros animados.
O trabalhador é uma espécie de instrumento.
Um bem é um instrumento da existência; as propriedades são uma reunião de instrumentos e o escravo, uma propriedade instrumental animada, como um agente preposto a todos os outros meios.
Chama-se “instrumento” o que realiza o efeito, e “propriedade doméstica” o que ele produz.
A vida consiste no uso, não na produção. O servidor é o ministro da ação; chamam-no propriedade da casa, como parte dela.
A coisa possuída está para o possuidor assim como a parte está para o todo; ora, a parte não é somente distinta do todo; ela lhe pertence; o mesmo ocorre com a coisa possuída em relação ao possuidor. O senhor não é senão o proprietário de seu escravo, mas não lhe pertence; o escravo, pelo contrário, não somente é destinado ao uso do senhor, como também dele é parte. Isto basta para dar uma idéia de escravidão e para fazer conhecer esta condição.
O homem que por natureza, não pertence a si mesmo, mas a um outro, é escravo por natureza: é uma posse e um instrumento para agir separadamente e sob as ordens de seu senhor.
Aristóteles é favorável a ESCRAVIDÃO.
A servidão natural
Mas faz a natureza ou não de um homem um escravo? É justa e útil a escravidão ou é contra a natureza? É isto que irá examinar.
O fato e a experiência, tanto quanto a razão, nos conduzirão aqui ao conhecimento do direito.
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