A primeira meditação de Descartes
Artigo: A primeira meditação de Descartes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Sandra222 • 13/7/2014 • Artigo • 1.375 Palavras (6 Páginas) • 473 Visualizações
Primeira Meditação de Descartes
Descartes após inúmeras observações sobre a educação na qual foi formado entendeu que havia sido enganado por falsas opiniões. Decide então buscar novos caminhos para fundar uma nova ciência que sirva de base filosófica para o desenvolvimento do conhecimento humano.
Percebendo que não encontrava sabedoria suficiente no espaço que habitava, pois estava impregnado de conhecimentos duvidosos o filósofo buscou novas experiências em viagens para conhecer outras culturas. Medida que acreditou ser importante para descobrir um conhecimento sólido e em seguida desenvolver sua filosofia.
Durante suas viagens encontrou um lugar tranqüilo para se dedicar as suas meditações. Logo no início percebeu que não seria necessário provar que todas coisas eram falsas, isso era impraticável. Porém, durante sua pesquisa a qualquer traço de incerteza que surgisse na tentativa de conhecer algo seguro, por garantia rejeitaria como verdade. Considerando todas essas questões compreendeu também que seria impossível duvidar de todas as ciências, isso levaria a vida toda e não resolveria o problema, contudo sabendo que nas suas bases haviam enganos e muitas incertezas, a sua dúvida se preocupou essencialmente sobre as fundamentações da ciência tradicional.
Descartes percebe que tudo que havia aprendido até o momento estava baseado pelos sentidos, porém foi por meio deles que fora enganado. Assim, o filósofo compreendeu que confiá-los seria incerto, então resolveu rejeitar os sentidos como possibilidade para alcançar a verdade.
Sobretudo, Descartes apresentou a seguinte problemática: ainda que os sentidos nos enganem haviam situações confusas que normalmente não duvidaria, por exemplo, como poderia negar a presença das coisas que estavam ao meu redor? No seu entendimento, apenas os insensatos poderiam defender essa ideia de negar algo que não estava na suas frente, ou seja, o filósofo descarta refutar os sentidos a partir de um modo vulgar, sem critério.
Descartes analisando como mais cuidado encontra algo que pelos sentidos o ser humano seria enganado com freqüência, o sonho. Surge neste momento o primeiro grau da dúvida dos sentidos, então explica: sou um homem e quando durmo no meu pensamento as mesmas representações surgem de quando estou acordado, por exemplo, quantas vezes já sonhei dormindo nesta cama que estava em outro lugar? Sei que acordado tenho o controle das minhas ações, porém durante o sono fui muitas vezes enganado imaginando que estaria acordado. Por conseguinte, não posso assegurar de fato se o que está acontecendo agora, se estou acordado ou dormindo neste momento.
Mais ainda, imaginamos que estamos adormecidos ao abrir os olhos tudo o que observamos são falsas ilusões. Porém, nossas representações durante o sono não podemos dizer que não exista, elas são como obras de arte, ou seja, o artista em representá-las por mais criativa ou diferente que seja está presente na obra algo que seja semelhantes a representações já conhecidas, isso para estabelecer condições para entendê-las, caso o artista elabore algo sem sentido à torna uma obra incompreensível.
Desta maneira, Descartes encontra o seu limite com relação a dúvida dos sentidos por meio do sono, os objetos da matemática (as coisas da natureza), isto é, ainda que essas coisas sejam imaginárias no seu pensamento há coisas mais simples e gerais que representam uma verdade existente durante o sono, oriundo das matemáticas à natureza corporal (matéria) conhecida como extensão. Mais adiante, nas Meditações Metafísicas corresponderá para Descartes tudo o que conhecemos enquanto matéria pode ser medido.
Assim sendo, talvez poderíamos deduzir que certas ciências que derivam das matemáticas e são desenvolvidas pelos sentidos são complexas, por exemplo, a Física, a Astronomia e a Medicina são concebidas como incertas e duvidosas, enquanto as matemáticas que tratam das ciências mais simples e de aspectos gerais contam com algo certo e indubitável, pois podemos perceber que acordado ou dormindo os números e formas geométricas são sempre as mesmas, não mudam durante o sono.
Descartes avança em suas meditações e exige da dúvida no seu mais alto grau, duvida de Deus. Se manifesta dizendo que em seu espírito concebe um Deus onipotente, criador de todos os seres vivos e apresenta o seguinte argumento: quem pode assegurar que realmente Deus tenha criado algo de fato, poderia existir um Deus enganador que nos fez pensar que tudo isso que acreditamos por certo, fosse apenas ilusões. Mais ainda, que esse Deus enganador tenha desejado que me engane das operações e formas matemáticas imaginado que estaria certo. Sobretudo, pode ser que Deus não queira que me decepcione, pois ele é bom.
O filósofo utiliza a ideia de um Deus enganador para duvidar além dos sentidos também das ciências matemáticas e concluiu que não seria possível a existência desse Deus, pois apresentaria contradição. Porém, Descartes insiste que mesmo com pessoas que não valorize está hipótese, mas mantendo dos possíveis enganos falhar e enganar é uma espécie de imperfeição, logo, quanto mais imperfeito é o meu criador, isso fará com que eu me engane sempre e não terei ideia de verdade. Assim, surge uma outra contradição à respeito de Deus, a imperfeição. Isso não seria possível, pois Deus é perfeito.
Descartes desfaz da hipótese de um Deus enganador e apresenta a hipótese de um Gênio Maligno no qual usa de todos os artifícios para enganá-lo, por exemplo, tudo que imaginasse que exista são todas ilusões e enganos ao ponto de considerar que ele mesmo não exista. Todavia, isso o leva pensar
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