A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
Por: ffernandaizidoro • 20/7/2016 • Resenha • 594 Palavras (3 Páginas) • 2.371 Visualizações
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
Fernanda Souza Santos
14/07/2016
Capítulo I- Filiação Religiosa e Estratificação Social
Max Weber começa o primeiro capítulo atentando-se aos dados estatísticos de dominância dos protestantes nas empreitadas capitalistas. Ele identifica um racionalismo econômico como fator principal fator para esse fato, negando teorias que mostram o domínio protestante como advindo pelo fato de ser minoria ou, também, pelo fato de terem riquezas prévias, porém, no entanto, sem ignorar esses fatos como relevantes para a formação do cenário passado, mas o autor reafirma que a orientação racional tomada pelos protestantes frente às possibilidades econômicas é um fator crucial no processo.
Weber se indaga sobre a preponderância dos ideais puritanos na ascendência do capitalismo e a atitude da igreja católica sobre as questões mundanas e econômicas. Ele percebe a ação católica à uma atitude tradicionalista, que escolhe por uma vida segura ao invés de uma vida confortável, e descreve um paralelo entre o estranhamento do mundo do catolicismo, mostrado no asceticismo e na despreocupação com as perguntas do mundo, e a alegria dos protestantes do seu tempo, ao contrário dos protestantes do passado, de caráter materialista, que enaltece o sucesso profissional como um dom divino, afirmando o cunho capitalista dos protestantes.
É essa diferença que instiga Weber: o velho protestantismo, que era hostil ao progresso, e as ações capitalistas, desenvolvida nos protestantes. Ele afirma que seria incorreto fazer a ligação entre o prazer de viver e o desenvolvimento, seria mais correto afirmar ele às particularidades exclusivamente religiosas do protestantismo.
Weber termina com a questão que envolver entender essa transformação, entretanto, para isso, é necessário, o contexto histórico do espírito do capitalismo, ao qual ele mostrará no capítulo seguinte.
Capítulo II- O Espírito do Capitalismo
Para Weber a alma do capitalismo funciona como um acontecimento importante para a solidificação de um modelo econômico pautado na busca racional pelo ganho continuado. Ele é taxado como um conceito passageiro, que expõe um comportamento, uma espécie de tarefa que tem o capitalista de aumentar seu dinheiro à medida que o reinveste, vivendo com moderação: evitando despesa e colocando em primeiro lugar investimentos. É uma espécie de vocação criada, um papel importante para encorajar o capitalismo.
Essa vocação quebra o tradicionalismo que envolvia a cultura econômica já existente. Weber explicita que apenas a racionalidade não bastou para criar o capitalismo moderno e, principalmente essa reeducação que faz com que crie novos comportamentos econômicos. O autor cita seu pensamento com a história que não aumentavam seu ritmo de trabalho por salários mais altos, e algumas vezes os salários baixavam, uma vez que precisava trabalhar menos para continuar com o seu padrão de vida. Foi importante criar novas demandas que só seriam preenchidas com o aumento do salário.
O capitalismo é proveniente dessa reeducação, que coloca as pessoas num novo cenário de vida no qual o trabalho não é um meio para manter um padrão de vida e, sim, “como um fim em si: como uma vocação”.
Esse espírito que existe dentro do indivíduo capitalista auxilia para uma vida de menos consumo, para sanar as necessidades. Por isso, a alma capitalista tem certa intimidade com os aspectos religiosos diferentes do protestantismo. O calvinismo, metodismo, pietismo, segundo Weber, ajuda para formar a alma capitalista ocidental moderna, por meio de sua ética, e também pelo conceito de “vocação”.
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