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A Ética da Razão Comunicativa

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Por:   •  15/6/2013  •  Resenha  •  704 Palavras (3 Páginas)  •  759 Visualizações

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O estudo da Ética Comunicativa como teoria moral, procura fornecer um novo princípio moral que oriente nossas ações em contextos sociais estruturados. É uma teoria moral cognitivista, que dá continuidade ao princípio moral enunciado por Immanuel Kant no seu imperativo categórico.

A Ética da Razão Comunicativa foi proposta por Karl Otto Apel, seguindo um referencial kantiano, e posteriormente continuada por Jurgen Habermas. Esta teoria moral parte do pressuposto de que a linguagem é o meio de interação entre a Filosofia, a Sociologia e a Psicologia. Feritag B.(1992).

Neste estudo da ética como reflexão dos valores morais, de acordo com este referencial , quando duas ou mais pessoas se comunicam pode haver concordância e aceitação da verdade. Quando alguém rompe com as pretenções de validade surge um impasse. A superação do mesmo pode ocorrer por uma ação estratégica, como na guerra, ou pela restauração da comunicação, verificada pela coerência entre discurso e ação. Habermas propõe um modelo ideal de ação comunicativa em que as pessoas interagem e, através da utilização da linguagem, organizam-se socialmente, buscando o consenso de uma forma livre de toda a coação externa e interna. Jurgen Habermas (1929) é um filósofo e sociólogo alemão contemporâneo, que tem seu nome associado à Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, cujos representantes são Adorno (1903-1969), Marcuse (1898-1979), Horkheimer (1895-1973) e Benjamin (1892-1940) Educação & Sociedade, ano XX, nº 66, Abril/99 127.

Vinculado ao modelo da ação comunicativa, Habermas apresenta a situação linguística ideal: O discurso. Para Habermas, o discurso (Diskurs) refere-se a uma das formas da comunicação ou da fala (Rede), que tem por objetivo fundamentar as pretensões de validade das opiniões e normas em que se baseia implicitamente a outra forma de comunicação ou fala, que chama de “agir comunicativo” ou “interação” Almeida (1989).

O primeiro pressuposto da Ética da Razão Comunicativa, segundo Jurgen Habermas, é o de que as pretensões da validade das normas tem um sentido cognitivo e podem ser tratadas como pretensões de verdade. O segundo é o de que a fundamentação de normas e ordens exige a realização de um discurso efetivo, ou seja, só é efetiva quando produzida por uma interação entre os sujeitos. Karl Otto Apel discorda destes pressupostos. Habermas busca superar o conceito de racionalidade instrumental, ampliando o conceito de razão, para o de uma razão que contém em si as possibilidades de reconciliação consigo mesma: a razão comunicativa Educação & Sociedade, (1996, p. 10)

Ética da Razão Comunicativa se baseia em três regras básicas:

• Regra da Inclusão

“Todo e qualquer sujeito capaz de agir e falar pode participar de discursos."

Max Weber (1864-1920) introduz um conceito de “racionalização” para descrever o processo de desenvolvimento existente nas sociedades modernas. Esse processo caracteriza-se pela ampliação crescente de esferas sociais que ficam submetidas a critérios de decisão racional, isto é, a critérios de adequação e organização de meios em relação a determinados fins, como, por exemplo, acontece na urbanização das formas de existência,

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