ANÁLISE DO VÍDEO: THE WALL, PINK FLOYD

ANÁLISE DO VÍDEO: THE WALL, PINK FLOYD.

ERIKA MARIA ALBUQUERQUE SOUSA (CESC – UEMA)

O vídeo faz uma crítica ao regime autoritário, onde a educação era vista como algo que iria formar pessoas com pensamentos iguais, treinadas para serem exércitos e meros repetidores. A ideia de formar cabeças pensantes era algo repugnante, e quem se atrevesse a sair da “caixinha” era punido, severamente, tanto fisicamente como mentalmente. Diante disso a frase: “no final, tudo é apenas outro tijolo nos muros”, que faz parte do refrão da música, reforça esta ideia.  

A educação que é criticada, imposta no regime autoritário nazista implantada no pós guerra em escolas alemãs, é uma maneira que os governantes tinham de manter a sociedade submetida ao seu poder, pois quando o professor estimula o aluno a refletir sobre o meio em que ele se encontra, a questionar ideias e atitudes, a buscar o conhecimento não como ele se apresenta, mas de uma maneira em que ele possa agir em sua vida, forma, assim, seres pensantes que não se submetem facilmente a qualquer imposição. Dessa forma, pode-se inferir que o trecho: “não precisamos de educação”, não se refere a educação reflexiva, mas uma crítica a ideia de que educar significa: impor, humilhar e engaiolar pensamentos.

No entanto, pode-se inferir também que essa forma de educar que é tão banal, infelizmente, deixou traços nos dias atuais. É claro que não se pune mais o aluno como antes. Mas ao desmerecer, ao ter atitudes que possam repreender sem educar, o professor acaba punindo, alguns fazem isso para mostrar quem detém mais conhecimento, outros praticam o ato sem ter a intenção ou mesmo sem saber como agir diante de tais circunstâncias, guiados, por vezes, por ideologias.  

Destarte, como pode ser observado no final do vídeo, os alunos acabam se rebelando contra o sistema e surge então uma revolução no ensino, o que se conhece hoje como didática qual seja: o espaço do aluno na sala de aula, onde o professor proporciona ao aluno a liberdade de se manifestar, deixando a aula mais interessante e enriquecedora.