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Antropologia Filosofica

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Por:   •  24/11/2013  •  6.047 Palavras (25 Páginas)  •  821 Visualizações

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Antropologia filosófica

A antropologia filosófica é a antropologia encarada metafisicamente; é um ramo da filosofia que investiga a estrutura essencial do Homem. No entanto, este ocupa o centro da especulação filosófica, sendo que tudo se deduz a partir dele; a partir dele se tornam acessíveis as realidades, que o transcendem, nos modos de seu existir relacionados com essas realidades. Ou seja, a antropologia filosófica é uma antropologia da essência e não das características humanas. Ela se distingue da antropologia mítica, poética, teológica, e científico natural ou evolucionista por dar uma interpretação basicamente ontológica do homem. É também uma disciplina filosófica ou movimento filosófico que tem relações com as intenções e os trabalhos de Scheler, mas não está unido ao conteúdo específico desse autor.

“A reflexão sobre nós próprios, reflexão sempre renovada que o homem faz para chegar a compreender-se” Bernar Groethuysen

“Explicação conceitual da ideia do homem a partir da conceção que este tem de si mesmo em determinada fase de sua existência.” Landsberg

Objeto de estudo

A antropologia filosófica concentra-se no estudo das estruturas fundamentais do homem. Converte-se numa ontologia, na medida em que nos conduz à questão do significado do “Ser”. O homem torna-se para si mesmo o tema de toda a especulação filosófica: interessa estudar o homem e estudar tudo o mais apenas em relação a ele. O que é mais significativo é o conhecimento do homem, e não o de nós próprios enquanto individualidade. Estuda, também, o caráter biopsicológico do homem, verifica o que o homem faz com suas disposições bioquímicas dentro de seu ambiente biológico que possa diferenciá-lo de outros animais.

Método de estudo

Reflexão sobre a vida, a religião e a reflexão filosófica que parte do principio do cogito. A introspeção se revela como absolutamente necessária como fundamento e ponto de partida de qualquer outro recurso de natureza metodológica. Segundo Groethuysen, ela, de fato, constitui a base da antropologia filosófica. De acordo com Landsberg, a antropologia filosófica faz uso dos dados proporcionados pelas outras formas de antropologia, por exemplo, os fornecidos pela “antropologia das características humanas”, ou seja, dados proporcionados pela biologia, pela sociologia, pela psicologia, pela etnografia, pela arqueologia e pela história, mas interpreta esses dados à sua maneira, e procura unificá-los numa teoria abrangente.

Origem

O pensamento antropológico filosófico teve início quando o homem se sentiu julgado sobre si mesmo e (em oposição ao idealismo), precisamente sobre a concreticidade pessoal e histórica de sua vida que antecede e ultrapassa todo e qualquer conceito. O nome “Antropologia filosófica” é relativamente recente. Difundiu-se sobretudo a partir dos trabalhos de Scheler, que considera a antropologia filosófica a ponte estendida entre as ciências positivas e a metafísica.

Objetivo

Mostrar exatamente como a estrutura fundamental do ser humano, estendida na forma pela qual a descrevemos brevemente (espírito; homem), “explica todos os monopólios, todas as funções e obras específicas do homem: linguagem, consciência moral, as ferramentas, as armas, as ideias de justiça e de injustiça, o Estado, a administração, as funções representativas das artes, o mito, a religião e a ciência, a historicidade e a sociabilidade, a fim de ver se há algo nessas atividades, bem como em seus resultados, que seja especificamente humano. Seu objetivo é colocar no centro de sua reflexão a questão: que é o ser humano? Como problema, ela tem seus primórdios mais fecundos nos debates de Sócrates e dos Sofistas.

Immanuel Kant definiu a antropologia como ‘a’ questão filosófica por excelência, uma vez que a filosofia enquanto tal tomaria ao seu encargo quatro grandes problemáticas: a metafísica, a ética, a religião e a antropologia, considerando que todas a três primeiras não seriam senão partes da última, pois todas elas remetem, em última análise, ao problema do humano.

Teses

Reconhecimento de uma grande continuidade entre o reino animal – em particular dos vertebrados superiores – e o reino humano, por um lado, e a afirmação de que as instituições humanas e a fabricação e uso de instrumentos são em princípios independentes de – no sentido de não ser exigidos por – necessidades biológicas (com opiniões intermediárias entre esses extremos, como a de que a institucionalização e a “instrumentalização” são propriedades ou caracteres emergentes, que têm uma base biológica, mas não são redutíveis a ela.

Problematização

Problemas de caráter metafísico e moral. Coloca o problema do homem no próprio homem, questiona o lugar ocupado pela função racional do homem em comparação com outras funções. Kant propôs quatro problemas filosóficos: “O que posso conhecer?” “O que devo fazer?” “A que posso aspirar?” “O que é o homem?”

A história do pensamento ocidental, principalmente no que se refere às lições de mestres como Aristóteles, nos ajuda a adotar uma concepção ontológica do momento em que a ética, a moral e o direito foram trazidos para o nosso âmago, através de práticas sociais efetivas em torno das quais elas se formaram. O mundo pós-moderno “não é fiel” a Platão ou a Paulo de Tarso, ou a quaisquer outros “descobridores” de “verdades éticas”. A indelével contribuição de Platão e Paulo ficará para sempre, nem que seja para ser contestada; mas jamais será adequada a contextos históricos contemporâneos.

Numa visão histórica evolutiva da progressiva diferenciação pela qual passou a ética, desde a ênfase que lhe foi data pela “virada socrática”, impõe a reflexão sobre o seu estudo geral, isto é sobre o que é bom ou mau. Um dos objetivos precípuos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. A Ética é diferente de ambos – Moral e Direito, pois não estabelece regras.

Epistemologia (do grego episteme - ciência), também chamada de teoria do conhecimento, é o ramo da filosofia que trata da natureza, das origens e da validade do conhecimento. Entre as principais questões debatidas pela epistemologia destacam-se:

O que é o conhecimento?

Como obtemos conhecimento?

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