As Formas de Amor
Por: ValterFontes • 13/10/2020 • Dissertação • 930 Palavras (4 Páginas) • 157 Visualizações
Dissertação
O autor da obra vem através desta, revelar a nós leitores os diversos tipos de amor existentes, falando desde o amor Eros ao amor ágape, atentando a todas as formas de amar e ser amado, sob a visão de grandes filósofos antigos e modernos como Sócrates, Santo Agostinho e outros. Durante todo o texto, o leitor é levado a conhecer a história relacionada aos tipos de amor, compreendidos a partir de uma figura histórica.
De acordo com o autor, “Em uma das tradições da complexa mitologia grega, a do poeta Hesíodo, o amor (Eros) era um dos deuses primordiais, exatamente aquele que realizava a união de partes do mundo [...]”. (p.8). Para os gregos antigos tudo começa com Eros, considerado o deus da união na mitologia grega, aquele que transforma a desordem em organização. Para eles as palavras Eros e philia, expressava o amor, onde Eros era referente aos atos sexuais e philia ao amor da amizade. Freud foi o filósofo que afirmou que todo tipo de amor se origina do amor erótico, mas, na visão dos romanos, Eros era um garotinho sapeca com arco e flecha chamado de cupido e quando esse atirava a sua flecha fazia os casais se apaixonarem e ficarem caídos de amor um pelo outro.
É relatado ainda que, “O erótico, mais que qualquer outro tipo de amor, não é apenas o desejo de união; é sobretudo uma relação entre amante e amado [...]”. (p.18). Sócrates, um dos maiores filósofos de todos os tempos, ressalta a grande importância da força de Eros nas relações amorosas entre casais, uma vez que, o próprio fala de suas várias mulheres e os mistérios do amor que aprendeu com elas, pois os gregos dessa época só imaginavam uma união sólida se esta fosse promovida pelo amor erótico. O que a sociedade moderna transformou em romantismo e sexo casual, não tem muito a ver com o erotismo dos gregos da época de Sócrates e Platão, onde o poder de Eros impulsionava a busca pelo belo e por relações fortes, verdadeiras e duradouras.
O autor também afirma que, “Amor platônico por uma pessoa, no jargão popular, tornou-se sinônimo de amor idealizado, no qual o amante não revela seu desejo à amada, não sendo mesmo nem capaz de pensar em sexo com ela [...]”. (p.34). Na obra o banquete, Platão revela que o amor Eros iniciasse pela atração da beleza dos corpos, mas como essa beleza é passageira, os amantes prosseguem em busca do belo que é produzido no interior de cada corpo, procurando dar sempre o seu melhor e agradar-se mutuamente. Ainda em o banquete compreendemos melhor sobre o amor platônico que é o amor erótico, impulsionado por Eros. Só a partir do cristianismo foi que os gregos ficaram conhecendo o amor cristão, trazido por Jesus, baseado no perdão e no amor ao próximo. Algo difícil de compreender antes de Cristo quando só existia a cultura da vingança, que o mal sempre se pagava com o mal e não existia o perdão.
Por outro lado, “O amor cortês fundiu as vicissitudes do desejo involuntário vindas de Eros, com a determinação da vontade vinda da liberdade inerente ao amor cristão [...]”. (p.46). Por volta do final do século XIX, surgiu o amor cortês, uma mistura do amor Eros com o amor cristão, com características que sofreram modificações posteriores dando força ao surgimento do amor romântico. Já na visão de Freud, a ideia de amor, é algo vindo do mundo terreno e não espiritualizado como se
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