Características Do Pensamento mítico
Pesquisas Acadêmicas: Características Do Pensamento mítico. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: IngridMendes • 22/1/2014 • 350 Palavras (2 Páginas) • 30.968 Visualizações
Principais características do mito
O mito constitui-se como uma forma através da qual os povos buscam explicar elementos inerentes à realidade que os cerca.
Seja para explicar as origens de um povo, os processos naturais ou o funcionamento do mundo, o pensamento mítico é fruto de uma tradição cultural e religiosa.
Desse modo, como elemento que configura a visão de mundo dos indivíduos e, por conseguinte, a sua maneira de vivenciar a realidade, o mito pode ser considerado como algo concreto, sendo refutável a idéia de associá-lo à mentira ou à ficção.
As narrativas míticas são imemoriais, isto é, não apresentam origem cronológica e não são atribuídas a um autor, dado que representam o patrimônio cultural de um povo, transmitido basicamente pela oralidade.
Com efeito, “o pensamento mítico pressupõe a adesão, a aceitação [...]. O mito não se justifica, não se fundamenta [...] nem se presta ao questionamento, à crítica, ou à correção.” (Iniciação à Historia da Filosofia; p. 20)
As principais características do mito são:
- oralidade: por conta da ausência da escrita, a tradição cultural e religiosa é transmitida oralmente;
- concretude: como mencionado, o mito está totalmente desvinculado da noção de mentira ou ficção;
- importância dos nomes divinos e da palavra;
- sinais divinos;
- nexo entre verdade, conhecimento e existência;
A recorrência à tentativa de explicar o real partindo do sobrenatural, do mistério e da magia é algo central no pensamento mítico. A realidade só pode ser explicada através do que é transcendental ao entendimento do homem comum e do mundo físico e, por isso, somente os sacerdotes, os magos podem interpretar (parcialmente) os fenômenos que envolvem a ação do mito frente ao destino do mundo e dos homens. “São os deuses, os espíritos, o destino que governam a natureza, o homem, a própria sociedade. Os sacerdotes, os rituais religiosos, os oráculos servem como intermediários, pontes entre o mundo humano e o mundo divino.” (p. 20)
Este tipo de pensamento, algum tempo depois, torna-se insatisfatório, em decorrência das mudanças sofridas pela estrutura social, o que dá espaço para o surgimento de um novo tipo de explicação do real: o pensamento filosófico-científico.
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