Chachorro Também é Gente?
Ensaios: Chachorro Também é Gente?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 654789 • 5/4/2014 • 1.261 Palavras (6 Páginas) • 290 Visualizações
Sinopse do Case: Cachorro também é gente?1
Thainá Lima2
Sebastião Moreira Duarte³
1 Questionamento do Caso:
Seguindo a linha de pensamento desse caso proposto pelo professor se faz a seguinte pergunta: que fundamentos filosóficos justificam - ou não justificam - sacrificar animais em laboratórios de pesquisa científica com o fim de melhorar a saúde da, ou dar mais vida à, humanidade?
2 Análise e interpretação do Caso:
2.1. Descrição das decisões possíveis
Através o questionamento feito acima, é possível descrever duas soluções como resposta para a pergunta feita no último momento. Dessas soluções, serão apresentadas duas delas, e estas são:
a) Fundamentos filosóficos que justificam sacrificar animais em laboratórios de pesquisa com o fim de melhorar a saúde da, ou dar mais vida à, humanidade.
b) Fundamentos filosóficos que não justificam sacrificar animais em laboratórios de pesquisa com o fim de melhorar a saúde da, ou dar mais vida à, humanidade.
2.2. Argumentos capazes de fundamentar cada decisão
2.2.1 Fundamentos filosóficos que justificam sacrificar animais em laboratórios de pesquisa com o fim de melhorar a saúde da, ou dar mais vida à, humanidade.
O homem é um ser livre, com capacidades que o diferenciam dos outros animais, como a racionalidade, a fala, e segundo alguns filósofos, como René Descartes, possui alma. Essa última característica citada é que vem embasar algumas teorias que fundamentam as pesquisas em animais, o fato de que os outros animais não possuírem alma. René Descartes acreditava que pelo fato de um animal, como por exemplo, o cachorro, não ter alma ele não sentiria dor, logo é possível concluir não haverá sofrimento para ele, dessa forma umas das principais argumentações dos ativistas para libertar esses animais seria derrubada.
Em seu livro An Introduction to the Study of Experimental Medicine, 1865, Claude Bernard (apud GOLDIM; RAYMUNDO, 1997), diz que:
Nós temos o direito de fazer experimentos animais e vivissecção? Eu penso que temos este direito, total e absolutamente. Seria estranho se reconhecêssemos o direito de usar os animais para serviços caseiros, para comida e proibir o seu uso para a instrução em uma das ciências mais úteis para a humanidade. Nenhuma hesitação é possível; a ciência da vida pode ser estabelecida somente através de experimentos, e nós podemos salvar seres vivos da morte somente após sacrificar outros. [...]. (grifo nosso; tradução do autor)
A partir disso é possível surgir a seguinte pergunta: Onde estaria a medicina, hoje, se a experimentações nos animais fosse algo barrado, ou desconhecido para um cientista, ou para qualquer outro ser humano? Ou melhor, onde estaria a humanidade? O uso de animais em pesquisas cientifica, como deixou claro o Claude Bernard, já salvou vidas pelo fato de neles serem testados medicamentos que são essenciais para a o prolongamento da humanidade na Terra. A um bem comum no final das contas, a pesquisa em animais levou a sobrevivência da humanidade. Pode ter tido o sacrifício de um ou dois animais, mais houve a salvação de milhares de vidas da nossa raça.
Como mesmo escreveu Kant (apud RACHELS), os animais são “coisas”, que não possuem desejo e muito menos consciência, assim não tem nenhum valor, seria esse o principio da autonomia, a não ser que sejam utilizadas para benefícios humanos, ai sim possuíram algum valor, pois teriam alguma finalidade. Pode-se dizer, seguindo esse pensamento, que os animais estão a nossa disposição para utilizarmos com o fim que desejamos. Nós temos o poder de domina-los. Não estaria o ser humano no topo da cadeia alimentar? Porque não poderia o homem desfrutar dessa posição? Os outros animais irracionais desfrutam das suas posições na tal cadeia alimentar, devoram uns aos outros, e se aproveitam dos benefícios que os mais “fracos”, ou podemos até mesmo usar o termo “menos hábeis”, podem trazer para a suas vidas. O ser humano não poderia fazer o mesmo porque é um ser racional. Então porque ele não julga as milhares de pessoas que comem um delicioso churrasco todo fim de semana? Seria porque esse ritual faz parte da vida do ser humano animal, se alimenta de um ser mais fraco para assim sobreviver. E esse vem ser a finalidade das pesquisas nos animais: à sobrevivência da humanidade, mesmo que no fim elas levem o homem ao sacrifício do próprio animal utilizado.
2.2.2 Fundamentos filosóficos que não justificam sacrificar animais em laboratórios de pesquisa com o fim de melhorar a saúde da, ou dar mais vida à, humanidade.
“A questão não é ‘Será que podem raciocinar? ’ nem ‘Será que podem falar? ’, mas ‘Será que podem sofrer? ’” (BENTHAM, Introdução aos Princípios da Moral e da Legislação, 1823, Cap. XVII. apud GALVÃO). Bentham foi um dos filósofos que defendeu os direitos dos animais. Ele dizia que para um ser possuir moral, e ética, bastava ele poder sentir dor e prazer, e algo que é bem claro para nós é
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