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Como o homem pode recuperar sua capacidade de espantar-se?

Por:   •  29/4/2018  •  Dissertação  •  367 Palavras (2 Páginas)  •  347 Visualizações

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Todos nascem neutros, livres de doutrinas e dogmas. Naquele momento, tudo é possível e tudo pode ser ou não real, graças a grande curiosidade a respeito do mundo que os cerca e a respeito de tanta coisa nova que lhes é apresentada conforme os dias passam. Mas essa curiosidade também pode acabar sendo perdida e assim o ser humano se torna alguém que não se choca e nem se espanta com mais nada, perde o interesse pelas questões mais básicas da vida simplesmente porque elas deixam de ser questões e se tornam certezas.

Com o passar do tempo, as crianças que antes eram tão cheias de curiosidades, ansiosas por aventuras e descobertas, se tornam adultos cheios de certezas, tomam o seu conhecimento obtido como verdades absolutas. Essas certezas no dia a dia acabam por se tornar monótonas causando até mesmo o desanimo pela vida, porque certamente, vivendo assim, não há mais nada a ser descoberto. Junto com a inocência e curiosidade da infância, vai embora também a animação e felicidade de estar vivo, se transformando em um ser vazio e com o resto de sua vida já, aparentemente, determinado, sem nenhuma surpresa por vir.

Dogmas e crenças são construídos socialmente e as pessoas acabem se prendendo a eles, acreditando que a sua crença é uma verdade absoluta e que deve se submeter ao que ela repassa, verdades essas que não precisam ser sujeitas a revisão ou críticas para serem seguidas. Existem também os que resolvem se ater ao ceticismo completo, afirmando que nenhuma verdade é absoluta e permanecendo em dúvida constante. Ambos são espécies de fundamentalismo intelectual.

Levando em conta o que foi observado, percebe-se que é preciso manter um equilíbrio entre fé e dúvida. Não é indicado que se deixe levar cegamente por uma doutrina ou uma crença e deixe assim de questionar a razão dessas crenças, tendo aqueles ensinamentos como verdade absoluta. Mas também não é bom que permaneça em eterna dúvida, que não aceite nenhuma verdade. Questionar, duvidar, se perguntar é bom e mantém vivo o interesse na vida, mas tudo em excesso é nocivo. Como disse Tomás de Aquino, “Para alguém que tenha fé, nenhuma explicação é necessária. Para aquele sem fé, nenhuma explicação é possível”.

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