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Compreensão da morte

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Por:   •  27/7/2014  •  Artigo  •  340 Palavras (2 Páginas)  •  253 Visualizações

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Compreensão da morte[editar | editar código-fonte]

Para acabar com o temor da morte, Epicuro defende a ideia da morte como sendo o nada. A dor e o sofrimento residem nas sensações, na vida como fardo, e se a morte é o total aniquilamento do "viver", o sábio de nada tem a temer. A lógica é que se é a vida e as sensações que causam o sofrimento do indivíduo, a morte existiria para cessar as sensações, ser o nada, a privação total. Portanto, inadmissível aceitar que ocorreria sofrimento, pois a morte ocasionaria o extermínio das sensações. 5

Compreensão dos desejos[editar | editar código-fonte]

É necessário compreender a distinção entre os desejos naturais e desejos inúteis, infundados ou também chamados de frívolos. Para Epicuro, o desejo se origina da uma falta, que pode partir da natureza (desejo natural) ou de um opinião falsa (desejo frívolo). Os desejos podem ser divididos em:

Desejos naturais e necessários: são os desejos que livram o corpo da dor da fome e da sede;

Desejos naturais e não necessários: são os desejos que surgem da vontade de variar, por exemplo, o alimento ou a bebida para variar também o prazer do corpo;

Desejos não naturais e não necessários: são os que nascem de uma opinião falsa sobre o mundo, incentivados por sentimentos de vaidade, orgulho ou inveja.

Epicuro tem uma finalidade concreta: a eliminação das dores e a busca dos prazeres, o sábio deveria desejar os objetos simples e naturais e saber que, por ser imperfeito, sentirá dor, inevitavelmente. 6

O sábio é, portanto, aquele que toma consciência da própria existência e destino, não aceitando o determinismo de nenhum deus. Para ele, o importante na busca é a saúde física e a serenidade interior, ocasionadas pela escolha de quais desejos deverão ser saciados. A felicidade reside, então, na saúde do corpo e da alma, que não pode ser entendida, obviamente, como metafísica, mas parte fundamental da própria existência corpórea. Ser feliz é ter pleno domínio destes prazeres, o que pode ser alcançado com a compreensão da natureza dos deuses, da morte e dos desejos.

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