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Consumo x Consumismo

Por:   •  5/10/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.365 Palavras (6 Páginas)  •  592 Visualizações

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CONSUMO X CONSUMISMO: “Alienação do consumo enquanto primazia do capitalismo”

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RESUMO:

No mundo contemporâneo é considerado crucial: adquirir bens, possuir aquilo que de mais atual foi colocado no mercado, ou seja consumir para atender a um fim e não a um meio. Logo o mercado de produção é acelerado e a produção é descartável, para que se possa continuar gerando a troca de produtos e elevando-se a economia do capital, causando o endividamento do consumidor. Deste modo se cria uma falsa necessidade, que é muito bem estimulada, em especial pela publicidade e que atende tão somente a um fim, que é o de obter algo. Desse modo a proposta desse artigo é discutir algumas questões fulcrais daquilo que temos enquanto consumo por necessidade, e consumismo como alienação ou doutrinação imposta pelo capitalismo, todavia focaremos aos apontamentos do segundo ponto, que se torna fundamento em nosso trabalho. Para isso se faz necessário o entendimento de toda uma lógica do capital, se iniciando na exploração do trabalho, que prospera o materialismo desorganizado e compartilhando o “espirito do capitalismo”, que é a atração das massas sociais ao consumismo. É dentro desse contexto que analisaremos essa aceleração no campo produtivo e consumista da camada social que provoca não só alienação como também provoca o esgotamento daquilo que temos como recursos naturais. Nossa pergunta base é: Será possível conviver em sociedade, buscando atender as necessidades humanas sem se deixar levar pela alienação do consumismo que atende a primazia do capitalismo?

Palavras chaves: Trabalho, Consumo, Consumismo.

A NECESSIDADE

O capital trabalha com base no Fetiche que seria uma verdade que não é verdadeira, mas de tanto ser reproduzida se tem uma verdade, para assim alienar. No sentido existencial de trabalho e consumo temos dois valores, o de uso que é ligado diretamente ao complementar das coisas, e o de troca que cria uma padrão/ideia de igualdade para implantar a desigualdade, escravidão com ideia de libertação, a mercadoria perde seu sentido de origem e ganha uma valor financeiro.

É com base nesse valor de troca que atua o capital. Criando necessidades estimulando-as pelos meios de comunicações/mídias variadas. A especulação é uma das maiores características do que chamaremos de consumismo, pois é por meio dela que o capitalismo agi pensando o futuro. Pensar o hoje olhando o futuro. No caso causando dependência de consumo que passa a ser consumismo, que oferta valor a mercadorias e obtendo a mais valia, que é o valor final da soma do investido, mais tempo de trabalho por cada mercadoria...

Para Marx no livro Primeiro do capital: O processo de produção do Capital, primeira seção: “mercadoria e dinheiro”, a mercadoria possui valor de uso e valor (troca) é: “antes de tudo, um objeto externo, uma coisa. Ademais, pelas suas propriedades satisfaz necessidades humanas de qualquer espécie, seja do estômago ou da fantasia, são valores de uso, possuem utilidade, compreender isto é fundamental.” Mas antes de tudo se faz necessário entender que é a unidade de uma coisa que faz o seu valor de uso, que é atribuído na realidade do uso humano e este valor existe desde que o ser humano começa a transformar a natureza para seu bem está.

É somente com a sociedade dominante/burguesa que o valor de uso/ “o conteúdo material da riqueza social” passar a ter o valor de troca, ou seja a mercadoria irá receber espécies de relações que ultrapassam as necessidades de um todo para atender aos desejos engrandecedores de um, que controla o todo, será uma relação de constante alterações no tempo e espaço... os valores de uso possuem qualidade os de troca quantidades. Exemplificando com as mercadorias de tempo de uso descartáveis de nossa contemporaneidade. Tudo é feito pra ser substituído.

        Nesse sentido vale destacar que as mercadorias são produtos do trabalho humano, mas essa trabalho é avaliado por seu tempo, e depois é aderido ser valor. Ou seja o trabalho mais o tempo agregam o valor as coisas. O trabalho em si é bom e necessário, mas o capitalismo o transforma em um processo de submissão do homem explorado pelo homem, com a ideia de liberdade, como os filmes americanos, onde você só precisa dedicação pra chegar ao topo social. É essencial a burguesia a desigualdade social, para continuarem com a exploração do trabalho, para produção de necessidades da humanidade e no exercito reserva de mãos de obras baratas.

        “A partir desse momento, os trabalhos privados dos produtores adquirem realmente duplo caráter social. Por um lado, eles têm de satisfazer determinada necessidade social, como trabalhos determinados úteis, e assim provar serem participantes do trabalho total. Por outro lado, só satisfazem às múltiplas necessidades de seus próprios produtores, na medida em que cada trabalho privado útil particular é permutável por toda outra espécie de trabalho privado, portanto lhe equivale” (MARX, 1988, p. 71-72).

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