Corrente Filosófica Platônica
Por: nelson_cavick • 8/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.297 Palavras (6 Páginas) • 244 Visualizações
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA
Curso Integrado Técnico em Informática, 2° Ano A.
Jonathan Raphael Oliveira
Mariana Nogueira Gonçalves
Nelson Cavichioli de Lima
Stela de Jesus Moura
CORRENTE FILOSÓFICA PLATÔNICA
Ji-Paraná / RO
03/05/2018
Jonathan Raphael Oliveira
Mariana Nogueira Gonçalves
Nelson Cavichioli de Lima
Stela de Jesus Moura
CORRENTE FILÓSOFICA PLATÔNICA
Trabalho referente a disciplina de Filosofia, orientado pelo professor José Sodré, apresentado ao Ensino Médio Integrado ao Curso Técnico em Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – Campus Ji-Paraná RO, como requisito avaliativo para compor a nota da 2ª etapa.
Ji-Paraná / RO
03/05/2018
A corrente filosófica platônica, também conhecida como Platonismo, foi uma filosofia desenvolvida pelo filósofo e matemático grego Platão e seus seguidores. Platão foi discípulo de Sócrates, sendo assim, boa parte de suas teorias sofreram influências de seu mestre.
Por volta de 385 a.C. Platão fundou em Atenas, sua própria academia, denominada Academia de Platão, que teve início em decorrência de cultos às Musas Gregas e ao deus Apolo. Mesmo que essa academia tivesse sido fundada para cultuar os deuses, pôde ser considerada a primeira universidade do ocidente, pois alguns pensadores reuniam-se ali para debater sobre princípios propostos por Platão. A universidade perdurou até 529 da era Cristã, porém, foi fechada pelo imperador Justiniano I.
A corrente filosófica Platônica recorre a algumas referências da filosofia de Platão, sendo elas, a metafísica, a retórica, a ética, a estética, a lógica, a política, a dialética e a até mesmo a dualidade entre corpo e alma. O Platonismo foi dividido em três períodos, o primeiro é o Platonismo Antigo, que ocorreu do século IV a.C. até a metade do século I a.C. Seguido pelo Médio Platonismo, que vigorou entre os séculos I e II d.C. e por último o Neoplatonismo, que foi do século III d.C. ao século VI d.C. O Neoplatonismo caracteriza Deus como plenitude, defendendo a ideia do Cristianismo, que influenciou tanto as religiões monoteístas quanto as pagãs.
Das teorias desenvolvidas por Platão, a que mais destacou-se foi a Teoria das Ideias ou Teoria das Formas, pois, a partir dela surgiram várias vertentes alusiva à sua filosofia. Essa teoria segmenta o mundo em duas partes: o mundo sensível e o mundo inteligível (o mundo das ideias). O mundo sensível retrata a realidade material, os objetos encontrados na natureza e a forma de percepção sensorial (olfato, audição, visão, tato e paladar), além disso, é uma transcrição do mundo inteligível. De acordo com Platão, para que o conhecimento seja alcançado, é necessário converter o sensível ao inteligível. Dessa forma a alma passa a reviver e lembrar os conhecimentos antes esquecido, passando a buscar as ideias verdadeiras, apartando-se dos mitos. Para que isso realmente ocorra, é necessário recorrer à dialética, pois segundo Platão, o diálogo é algo essencial, sendo a melhor maneira de buscar a verdade e o único meio de chegarmos ao consenso, estabelecendo o que se diz e por que se diz, pois assim, os objetos tornam-se reais para todos, não deixando espaços para a ausência de verdade em aspectos relacionados à convivência.
Por sua vez, o mundo das ideias é uma realidade autônoma, ou seja, independe da realidade materialista, além disso, é o possuidor das verdadeiras formas ou ideais, uma aproximação da ideia de perfeição de algo. Acredita-se que só podemos alcançar a verdade suprema e absoluta através das ideias, pois, é onde encontra-se a essência das coisas. O que percebemos no mundo sensível é enganoso e ilusório, e somente no mundo das ideias pode ocorrer o encontro com a real verdade, que corresponde a ideia de bem. Pressupunha-se que através do conhecimento, poderia passar do mundo material ao mundo das ideias e alcançar as ideias perfeitas, chegando assim à felicidade. Dizia Platão: “Como procurar por algo, Sócrates, quando não se sabe pelo que se procura? Como propor investigações acerca de coisas às quais nem mesmo conhecemos?
Outra teoria que se destacou foi a Teoria das Almas. Platão afirmava ter uma dualidade entre a alma e o corpo, além disso, acreditava que o ser humano era imortal. No capítulo quatro de seu livro intitulado República, Platão designa o homem como corpo e alma. Ele cria que quando o corpo crescia, modificava-se e envelhecia, porém, a alma não passaria por essas transformações, pois ela era eterna e divina, sendo assim, imutável. A alma era algo inteligente que estava preso ao corpo, mas, algum dia teria visitado o mundo das ideias, porém havia esquecido do que se passara lá, tornando-se credora das percepções sensoriais. Somente em busca do conhecimento, através da recordação, o homem poderia lembrar das ideias que um dia contemplou, antes que tudo fosse esquecido. A realidade não fazia sentido, pois designava algo sem forma e sem cor. Cria que ela poderia ser contemplada através da inteligência, que segundo ele, era o guia da alma.
Platão afirmava que “o ser humano é a carruagem, eu, o homem que a conduz, os pensamentos, as rédeas, os sentimentos, os cavalos”.
A alma é fragmentada em três partes, e a harmonia entre as mesmas, proporciona a felicidade. O primeiro fragmento, Alma Concupiscente, localizada no ventre, região entre o diafragma e o umbigo, e está diretamente relacionada com os desejos carnais, como busca por comida e sexo, pois tudo isso é necessário para a conservação e criação dos corpos, sendo assim, é parte mortal, que acaba quando o corpo morre. O segundo fragmento, Alma Irascível, situada nas proximidades do peito, é responsável pela cólera, pois, algo está ameaçando a segurança do corpo, causando-lhe dor e sofrimento, por ser protetora do corpo, é mortal e irracional. O último fragmento é a Alma Racional, que está localizada na cabeça, nela estão ligados o conhecimento e a verdade, por onde pode ser alcançado o mundo das ideias e ter a contemplação das ideias perfeitas, possibilitando alcançar o bem supremo através da ideia.
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