Crspusculo dos idolos (Nietzsche)
Artigo: Crspusculo dos idolos (Nietzsche). Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Taiwane • 10/6/2014 • Artigo • 332 Palavras (2 Páginas) • 316 Visualizações
CRSPUSCULO DOS IDOLOS (Nietzsche)
Ao prefaciar seu Crepúsculo dos ídolos, Nietzsche faz duas afirmações complementares:
“existe poder de curar mesmo no ferimento” e “há mais ídolos do que realidades no
mundo.”
A implicância do filósofo alemão com Sócrates é evidente. Ao longo de um capítulo ácido,
ele procura demolir o ídolo grego. O problema de Sócrates, entretanto, é um monumento
construído sobre as nuvens.
Sócrates não deixou uma só linha escrita. Sabemos que um homem chamado Sócrates
viveu no século IV a.C., em Atenas, que se dedicou à filosofia e foi condenado a morrer
tomando veneno.
Se voltasse contra Sócrates o princípio da dúvida irônica que lhe foi atribuída por seus
discípulos (tudo que sei é que nada sei), Nietzsche certamente não perderia seu tempo em
criticar uma personagem. Ao criticar uma personagem, o filósofo alemão pode ter criado
um simulacro. Ironicamente nunca teremos condições de saber quando Nietzsche se
refere ao homem Sócrates, que nada deixou escrito, ao personagem de Platão e de
Xenofonte, ou ao simulacro que ele próprio criou da personagem.
A Cultura ocidental é fortemente influenciada pelo cristianismo, cheia de fantasias, mundo
dos instintos, mundo da carne, do corpo, se nós considerarmos que ela é fortemente
influenciada pelo cristianismo no caso teríamos que negar a carne, dos sentidos, desejo,
dos sentimentos, afetos, esse é um mundo indigno, pecaminoso, e ai propunha que você
vivesse de acordo com Deus, Nietzsche sentia esse enojamento, mas não só o cristianismo,
ele sentia esse viés de negação da vida, da carne, dos desejos, do corpo, em todos os
lugares, e assim faz a denuncia desse esquema, e por outro lado, Nietzsche proporá uma
moralidade, uma nova forma de pensar, uma inversão de prioridades, no que tangem os
instintos. “No geral Nietzsche diz: que todos os caras que foram chamados de sábio antes
de mim, eram simplesmente ressentidos que negavam a vida e o corpo, em nome de algum
ideal que eles criaram”, daquilo que Nietzsche chama de ídolos, estatuas velhas e
enferrujadas longe da vida.
Nietzsche é dito pelos pensadores como o marco da mudança da modernidade que começa
ali com Descartes (que Nietzsche criticava muito), para a pós a modernidade.
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