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Cuidado De Si Na Perspectiva Das Correntes Filosóficas E As Tendências Educacionai

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Por:   •  26/10/2014  •  430 Palavras (2 Páginas)  •  417 Visualizações

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As correntes filosóficas e as tendências educacionais se articulam entre si. A filosofia e a pedagogia têm um elemento em comum: o homem. A filosofia busca a natureza do ser, enquanto que a educação visa o desenvolvimento, o aperfeiçoamento do mesmo. Mas para muitos pensadores o homem é o centro numa visão global, sendo considerada a base das sociedades. O homem através das relações, em escalas de tempo paralelas ou diferentes no campo da pedagogia, acionou desenvolvimento de concepções de educação como: a tradicional, a moderna, a contemporânea, ligada ao desenvolvimento do pensamento filosófico expresso pelas correntes filosóficas.

Na cultura greco-latina, o “cuidado de si” tinha um caráter eminentemente aristocrático, tendo como princípio básico do “cuidado de si”, na cultura greco-romana, o conhecimento de si, que devia, por sua vez, levar a uma estetização da ação, por parte de cada um. Neste processo educativo, o mestre desempenhava um papel fundamental na emancipação do aluno, constituindo-se em guia e em crítico permanente.

Foucault, como ele mesmo salienta, realiza essa volta aos gregos porque esta noção de “cuidado de si” levava a uma interessante fundamentação de uma prática de liberdade. Em um mundo marcado pelo multiculturalismo (relativismo cultural) e pela historicidade radical (portanto, pela queda das grandes sistematizações religioso-metafísicas), o indivíduo é chamado a uma postura permanentemente crítica e criativa sobre si mesmo. E esta “noção de cuidado” de si adquire ainda mais preponderância em uma sociedade capitalista, fundada no fomento à cultura de massas, que tem como consequência a anulação da individualidade. À escola, assim, coloca-se a necessidade de trabalhar esta noção, em vista de uma prática político-pedagógica emancipatória, por parte do aluno.

Neste processo de formação e de autoconhecimento, escola e professores desempenham um papel fundamental no que diz respeito ao cuidado (educação) que deve ser assumido pelas gerações mais jovens. Conforme tivemos a oportunidade de perceber, na cultura grega e romana, o “cuidado de si” implicava uma importante relação entre o mestre e o discípulo: não havia a possibilidade de o discípulo cuidar de si sem a presença do outro, sem a presença amiga e sábia do mestre. O mestre desempenhava um papel importante no que diz respeito ao desenvolvimento de seu potencial crítico e criativo, em busca de sua emancipação. Mediante uma relação crítica de respeito e de cooperação, o mestre devia incitar o discípulo ao pleno desenvolvimento de sua autonomia, de sua capacidade crítica e criativa, de uma prática refletida de sua liberdade. O mesmo vale para a relação entre educadores e educandos, hoje. Trata-se, então, de resgatar a humanidade dos indivíduos, que havia sido perdida ou solapada pelo capitalismo.

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