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DA LÓGICA PRIMITIVA À DESCOBERTA CIENTÍFICA

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Por:   •  24/2/2014  •  447 Palavras (2 Páginas)  •  763 Visualizações

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O homem evolui na medida em que sua inteligência avança (ontogênese). Na busca da explicação de sua própria vida e dos fenômenos que a circunscreve o homem utiliza três níveis de abordagens; uma pautada no medo, outra no misticismo e outra na ciência. Por suas peculiaridades cabe diferenciá-las.

O medo foi a primeira forma que os homens, na pré-história, consideraram frente aos fenômenos da natureza. Assim, suas reações a esses fenômenos eram sempre de temor; tinham medo do desconhecido, da chuva, dos sonhos e de todos outros que aconteciam em seu entorno, sua lógica não alcançava o entendimento.

Um pouco mais desenvolvido, a magia é a forma que supera o medo para explicar os mesmos fenômenos; o animismo faz parte desta fase. Os fatos/ fenômenos¹ possuem consequências causais, são entendidas a partir das crenças e das superstições. Ainda assim pode-se entender como uma evolução já que tentavam explicar o que viam. Assim, os sonhos ‘eram’ necessidades do “duplo”, as tempestades ‘fruto’ de uma ira divina, a boa colheita das ‘bênçãos’ dos deuses e assim por diante.

Ao atingir um estágio mais complexo, as explicações mágicas não bastavam, o que levou o homem à busca de respostas por meio de caminhos que pudessem ser comprovados. Desta forma, nasceu a ciência metódica, que procura sempre uma aproximação com a lógica.

O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar, o que em si refuta a tese evolucionista; assim é dotado de capacidade reflexiva sobre o significado de suas próprias experiências; que o permite novas descobertas, bem como transmiti-las às novas gerações.

Este ciclo, composto de descobertas e redescobertas é que impulsiona a evolução da ciência.

Considerando o aspecto da ontogênese podemos percorrer a trajetória da evolução da ciência desde os egípcios, que já haviam desenvolvido um saber técnico evoluído em muitas áreas (mumificação e pirâmides), no entanto provavelmente os gregos tenham sido os primeiros a buscarem o saber que não tivesse, necessariamente, uma relação com atividade de utilização prática, através da filosofia (filo = amigo + sofia (sóphos) = saber e quer dizer amigo do saber) era buscar conhecer o porque e o para que de tudo o que se pudesse pensar.

Num período histórico posterior o eixo do processo dominante de conhecimento passou a ser as crenças e dogmas religiosos; a Igreja Católica detinha os documentos necessários para consulta.

A falta de acesso ao saber sistematizado foi um dos fatores desencadeadores do movimento que marcou o período seguinte, denominado Renascimento. Tal movimento foi marcado pelo resgate ao prazer de pensar e produzir o conhecimento através das ideias, das artes (Michelangelo), da literatura (Tomaso Campanella, Bacon, Voltaire e outros).

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