DISCIPLINA DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO

TIAGO SILVA COSTA

BACHAREL EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – 1º PERÍODO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UNIDADE PENEDO

DISCIPLINA DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO

O homem é, de fato, um ser pensante. Em todos os momentos de sua vida cria perguntas que possam levar a respostas sobre como se fazer do mundo um lugar melhor, mesmo que tal busca seja considerada um pensamento utópico. No meio desse processo, adquirem métodos que são capazes de não só entender a natureza, mas também a transforma.

Como ser pensante, o homem possui a capacidade de desenvolver inúmeras ideias e as aperfeiçoa ao longo de sua vivência na Terra. Isso se nota desde o início dos tempos, quando os primeiros homens passaram a inventar as armas que utilizariam posteriormente para a caça e a pesca auxiliando em sua própria sobrevivência. Até os dias atuais, o homem busca sempre uma forma de estar acima da natureza. Por não haver mais tanto medo dos fenômenos naturais e do desconhecido, acabam por criar artefatos e ideias que vão além da questão da sobrevivência de sua espécie apenas. Por exemplo, existem animais que são bem mais ágeis que o homem, porém este cria os automóveis que podem ser mais ligeiros que qualquer animal, existem animais que enxergam melhor que o homem, porém ele cria os telescópios e microscópios que podem enxergar bem além do que sua simples visão permite, muitos animais podem voar, e o homem cria os aviões que conseguem chegar mais alto que esses animais, e assim por diante. A partir disso, pode-se afirmar que saber é poder. E o saber faz do homem o animal mais poderoso dentre todas as criaturas.

Por outro lado, além do homem que se habitua mais no lado técnico e das habilidades de criações, existem os homens sacerdotes, que são os que pregam a vontade dos deuses em todos os fenômenos da natureza, e os coloca no centro de todo o contexto da vida humana, ou seja, entramos no enfoque da religião no pensamento humano, pensamento esse que acaba gerando diversos conflitos, sendo que esse pensamento religioso, assim como a ética, a educação e a moral, são adquiridos através da herança de seus pais ou sacerdotes.

Assim sendo, o conhecimento do homem nasce da experiência cotidiana e através do mundo que o rodeia, e o mesmo é fortalecido e aperfeiçoado através do tempo e das circunstâncias.

O fundamento da evolução cientifica, tecnológica e a lógica que estuda as regras do raciocínio correto, surgiram na Antiga Grécia, em meados dos anos 600 a.C. quando passou a existir a observação da natureza sobre olhares lógicos pelos estudos dos filósofos da época, como o pensamento dialógico de Platão, a teoria da divisibilidade dos átomos criada por Sócrates, e a anatomia comparada e o conceito de Metafisica de Aristóteles.

A respeito do conhecimento, pode-se afirmar que apenas crer, não é necessariamente saber. Por exemplo, se cremos que existe alguém dentro de um carro, mas de fato não há, então não sabemos. A fé sozinha, acaba sendo insuficiente. O conhecimento em si, é uma crença verdadeira e fundamentada. No entanto, existem vários tipos de conhecimento, como o conhecimento de coisas e objetos, conhecimento sobre como fazer algo, o conhecimento do saber proposicional, entre outros. Diante disso, para se obter a diferença entre conhecimento e opinião, temos que levar em conta os conceitos de antigos filósofos tal como Platão que diz que o conhecimento é proporcional ao ser, e a opinião é tida quase sempre como enganadora, sendo um intermediário entre a ciência e a ignorância.

Além de distinguir ciência e opinião, a atitude epistêmica também diferencia a ciência e a fé. Do ponto de vista da teoria do conhecimento, a crença consiste em considerar uma ideia verdadeira ou aceita-la. Por outro lado, tem-se a fé, que trata de quando a confiança é depositada em uma pessoa, ideia ou coisa sem uma evidencia objetiva. Nos tempos modernos, a questão da relação entre fé e ciência permaneceu como objeto da reflexão filosófica e permanece até nos dias atuais.

Pode o homem conhecer algo com certeza? Se partimos de um pensamento cético, diremos que não. Os céticos têm sua postura fundamentada na dúvida com relação a nossa capacidade de conhecer. Essa dúvida se origina na experiência do erro.