Descartes e o racionalismo
Artigo: Descartes e o racionalismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Gi53ll3 • 11/12/2014 • Artigo • 923 Palavras (4 Páginas) • 376 Visualizações
DESCARTES E O RACIONALISMO
O RACIONALISMO
-O Racionalismo é uma corrente que defende que a origem do conhecimento é a razão.
-Os racionalistas acreditam que só a razão pode levar a um conhecimento rigoroso.
-Os racionalistas desvalorizam os sentidos e a experiência devido à sua falta de rigor.
-Os racionalistas possuem uma visão otimista da razão porque acreditam que ela possibilita o conhecimento humano.
DESCARTES (1596-1650)
-Sendo um racionalista convicto, Descartes procurou combater os cépticos e reabilitar a razão.
-Os cépticos duvidavam ou negavam mesmo que a razão pudesse conduzir ao conhecimento.
-Descartes vai procurar demonstrar que a razão é a origem do conhecimento humano.
DESCARTES E O MÉTODO
-Para mostrar que a razão pode atingir um conhecimento verdadeiro, Descartes vai criar um método.
-Este método tem como objetivo a obtenção de uma verdade indiscutível.
-De entre as regras do método, pode destacar-se a regra da evidência.
-Esta regra diz-nos para não aceitarmos como verdadeiro tudo que possa deixar dúvidas.
-A dúvida é, portanto, um elemento muito importante do método.
A DÚVIDA
-Recusando tudo que possa suscitar incerteza, a dúvida afirma-se como um modo de evitar o erro.
-A dúvida é um instrumento da razão na busca da verdade.
-A dúvida procura impedir a razão de considerar verdadeiros conhecimentos que não merecem esse nome.
CARACTERÍSTICAS DA DÚVIDA
-A dúvida é: »metódica (faz parte de um método que procura o conhecimento verdadeiro);
»provisória (é temporária, isto é, pretende-se ultrapassá-la e chegar à verdade);
»hiperbólica (exagerada propositadamente, para que nada lhe escape);
»universal (aplica-se a todo o conhecimento em geral);
»radical (incide sobre os fundamentos, as bases de todo o conhecimento);
»uma suspensão do juízo (ao duvidar evitam-se os erros e os enganos);
»catártica (purifica e liberta a mente de falsos conhecimentos);
»um exercício voluntário e autônomo (não é imposta, é uma iniciativa pessoal);
»uma prova rigorosa (nada será aceite como verdadeiro sem ser posto em dúvida);
»um exame rigoroso (que afasta tudo que possa ser minimamente duvidoso).
NÍVEIS DE APLICAÇÃO DA DÚVIDA
-Descartes vai aplicar a dúvida a tudo que possa causar incerteza, nomeadamente:
»as informações dos sentidos;
»as nossas opiniões, crenças e juízos precipitados;
»as realidades físicas e corpóreas e, duma maneira geral, tudo que julgamos real;
»os conhecimentos matemáticos;
»também Deus é submetido à prova rigorosa da dúvida, uma vez que Descartes coloca a hipótese de Deus poder ser enganador ou um gênio do mal.
-A dúvida hiperbólica e radical e a possibilidade de Deus ser enganador parecem levar a um beco sem saída. Quer dizer, torna-se quase impossível acreditar que a razão humana pode alcançar conhecimentos verdadeiros. No entanto, há uma saída.
O COGITO (PENSO, LOGO, EXISTO)
-A dúvida irá conduzir a razão a uma primeira verdade incontestável.
-Mesmo que se duvide ao máximo, não se pode duvidar da existência daquele que duvida.
-A dúvida é um ato do pensamento e não pode acontecer sem um autor.
-Chegamos então à primeira verdade: «penso, logo, existo» (cogito ergo sum).
-Toda a mente humana sabe de forma clara e distinta que, para duvidar, tem que existir.
-A verdade, para Descartes, deve obedecer aos critérios da clareza e distinção.
-A verdade «eu penso, logo, existo» é uma evidência. Trata-se de um conhecimento claro e distinto
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