Direitos Humanos - Texto
Por: Ana Elisa • 21/7/2017 • Dissertação • 783 Palavras (4 Páginas) • 433 Visualizações
O artigo (É preciso salvar os direitos humanos) escrito por José Augusto Lindgren Alves (2012), retrata no trecho “Direitos-do-homismo” ou jus humanismo, o descredito da humanidade nos direitos humanos, que foi reconhecido internacionalmente na Declaração de 1948. Segundo Alves (2012), os direitos humanos passaram a ser vistos como uma narrativa, o que para Alves (2012), não é realidade: “Os direitos humanos são direitos, conhecidos Internacionalmente na Declaração de 1948 e universalizados pelo consenso do Declaração de Viena, 1993. Nunca foram um “narrativa” ou metanarrativa” no sentido ideológico que os pós-estruturalistas, começando por Jean/Fançois Lyotard (1979), davam ao termo.
Outro ponto também abordado pelo escritor é o surgimento dos diretos humanos inicialmente pelo Ocidente, citando o seguinte argumentando: “Torna-se , pois, contraditória e anacrônica a massa de discussões acadêmicas, seminários e ensaios teóricos que continuam a abordar a “ocidentalidade” dos direitos humanos. Que a origem do conceito está na história do Ocidente ninguém jamais duvidou. Insistir, contudo, ainda hoje, questionar os direitos humanos postulados pela ONU como um valor exclusivo do Ocidente, intransponível para outras áreas, ou afirmar que eles não tem viabilidade em culturas distintas isso sim é assumir o Ocidentalismo Orocentrico...”. Logo se percebe que além falar da origem do conceito José Augusto Lindgren Alves (2012), também procura problematizar a importância e igualdade dos direitos humanos para todos os povos.
Para Alves (2012), para que se possa encontrar saídas para o descredito da humanidade é necessário é rever e definir a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela ONU em 1948. Segundo Alves (2012), um dos pontos que devem ser rediscutidos são os direitos a cultura, para ele esse tipo de direito coletivo é um dos fatores que leva ao descredito dos direitos humanos, e creio eu, como leitora de seu artigo que isso aconteça porque cada cultura possui suas regras e costumes, o que pode levar a interferência do direito humano de outra pessoa. Alves (2012), acredita que os direitos a cultura ou seja direitos coletivos devem ser tratados de formas especificas, por órgãos específicos, e como exemplo Alves (2012), cita o Brasil: “Acho simplesmente que, não podendo ser enquadrado na categoria universal dos direitos humanos, os direitos coletivos de grupos, etnias e segmentos populacionais determinados devem ser tratados de forma apropriada em foros de foco especifico – como alias já vem ocorrendo no Brasil, separando-se a Secretaria de Politicas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) da Secretaria do Direitos Humanos (SEDH).
José Augusto Lindgren Alves também cita em seu artigo “É preciso salvar os direitos humanos (2012)” questões a respeito dos direitos humanos abordadas no mundo cinematográfico. Como exemplo, ele fala sobre o filme “Tropa de Elite 2”, que logo em seu início retrata um congresso de direitos humanos, onde a pauta principal são as mortes e violações praticadas no combate a traficantes em condenação exclusiva à violência da polícia. Alves (2012), de certa forma, critica essa abordagem no filme, visto que, para o público que assiste, a impressão que fica é somente a de que os “intelectuais”, no final das contas, “só pensam nos direitos dos bandidos”. E compara a abordagem feita pelos Estados Unidos a respeito do assunto em seus filmes, onde sempre existe a presença de um justiceiro, normalmente endeusado pelo povo. Como leitora, concordo que quando se tratam dos direitos humanos, para que a população consiga de fato entender a importância que os mesmos possuem, é necessária uma abordagem bem elaborada e clara, a fim de que todos consigam entender e que não exista essa separação entre: os bandidos são protegidos e os bandidos devem ser mortos.
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